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A Cinemateca Brasileira em São Paulo, capital, é o maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi oficializada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo!
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi oficializada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes.
Compõem o cerne da sua missão o estímulo ao estudo, defesa, preservação, divulgação e desenvolvimento da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social pelo Governo Federal.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
Sociedade Amigos da Cinemateca!
A SAC (Sociedade de Amigos da Cinemateca) é uma entidade civil sem fins lucrativos criada em 1962, por iniciativa de Dante Ancona Lopez, que tem como objetivo desenvolver ações de apoio à Cinemateca Brasileira. Sua atuação está principalmente voltada para a difusão da cultura do cinema e da produção audiovisual do país, além da viabilização de projetos da Cinemateca.
Por muitos anos, ficou instalada em uma pequena sala do Cine Belas Artes, onde promovia as retrospectivas dos filmes nacionais e estrangeiros.A SAC desenvolveu um importante trabalho de formação de público cinematográfico por meio da realização de festivais e mostras de filmes inéditos na Sala Cinemateca.
Atualmente, ela promove a exibição de filmes, palestras, debates, cursos, pesquisas históricas, pesquisas artísticas, exposições, produção e edição de livros. Também é responsável pela captação de recursos, por meio da Lei Rouanet e de convênios com a Prefeitura de São Paulo e com a União, para a realização de projetos especiais, como o restauro de filmes, a digitalização de cartazes e obras, além da compra de equipamentos diversos.
Laboratório de Restauração!
Desde 1978, a Cinemateca Brasileira possui um Laboratório de Restauração devidamente equipado, que foi reconhecido pela FIAF (International Federation of Film Archives) como um exemplo para as cinematecas latino-americanas. Entre as suas atividades permanentes está a restauração de filmes do acervo em estado de deterioração, a transferência de materiais em suporte de nitrato de celulose para suporte de segurança (poliéster) e a confecção de cópias (matrizes ou reproduções para empréstimo).
O que diferencia o Laboratório de Restauração da Cinemateca Brasileira dos demais são equipamentos como: o copiador óptico, capaz de processar filmes 35 mm com até 4% de encolhimento; a mesa de comparação com 4 pistas; a moviola-telecine para filmes de 35 mm e de 16 mm que, ao contrário de copiadores normais, consegue projetar filmes até mesmo em estado de alta deterioração. É também um dos poucos que faz controle sensitométrico de cópias em 35 e 16 mm.
Além de cuidar da recuperação de materiais do acervo da Cinemateca Brasileira, o Laboratório de Restauração também está envolvido em projetos externos, que são fruto de parcerias com produtores e pesquisadores. Um exemplo disso é o Acervo Glauber Rocha - Cooperação técnica para a restauração do acervo Glauber Rocha. Atualmente, estão sendo trabalhados os longas-metragens Barravento (filme) e A idade da terra.
Sala Cinemateca!
A Sala Cinemateca foi inaugurada em 10 de março de 1989, no espaço onde funcionava o Cine Fiametta, na rua Fradique Coutinho, em Pinheiros. O filme em cartaz era "A Paixão de Joana D’Arc", de Carl Dreyer. Durante oito anos, mais de 200 mil pessoas assistiram à retrospectivas variadas promovidas pela Sociedade Amigos da Cinemateca, muitas vezes formadas por obras inéditas.
No local, o público pode conhecer o estilo de importantes autores estrangeiros, tais como Charles Chaplin, Orson Welles, David Griffith, Ingmar Bergman, Federico Fellini, Pier Paolo Pasolini, Luchino Visconti, Jean-Luc Godard, François Truffaut Jean Renoir, Fritz Lang, Friedrich Murnau, Carl Dreyer, Yasujiro Ozu, Akira Kurosawa, Kenji Mizoguchi, Roberto Rosselini e Andrei Tarkovski.
Em 5 de novembro de 1997, a Sala Cinemateca foi transferida para a sede oficial da entidade, na Vila Clementino. No final de 2005, a sala passou por uma reforma, sendo reaberta em março de 2006 incluindo equipamentos modernos de projeção e som que proporcionam uma exibição de alta qualidade técnica, de acordo com as normas internacionais.
A programação da Sala mescla a exibição de obras do acervo da Cinemateca com produções expressivas de outros acervos, proporcionando a união do clássico e do moderno. Além disso, oferece, todas as terças-feiras, uma programação gratuita para escolas, além de sessões de curtas-metragens e um curso de história do cinema. Anexo à Sala Cinemateca está o Espaço de Exposições Paulo Emílio Salles Gomes. Foi inaugurado com a exibição do filme "O descobrimento do Brasil", de Humberto Mauro.
Imagens em movimento!
O acervo de imagens é formado por cerca de 250 mil rolos de filmes, que correspondem a 42 mil títulos de todos os períodos da cinematografia audiovisual nacional, possuindo obras de ficção, documentários, cinejornais, filmes publicitários e registros familiares, nacionais e estrangeiros, produzidos desde 1895.
Quanto ao acervo da biblioteca é de aproximadamente 70 mil itens: livros, recortes de jornais, periódicos, catálogos, produção acadêmica e folhetos, etc. As coleções mais significativas de cinejornais são as do Cine Jornal Brasileiro, Carriço e Bandeirantes da Tela, todos feitos a partir da década de 1930, em nitrato de celulose.
Também pertence ao acervo a coleção de imagens da extinta TV Tupi – a primeira emissora de televisão brasileira. Em 1985, a instituição herdou 180 000 rolos de filme 16 mm com reportagens veiculadas nos telejornais da emissora, além de fitas de vídeo com a programação de entretenimento. Os filmes e vídeos são incorporados à Cinemateca Brasileira através de depósito, doação e depósito legal. O depósito de filmes e outras mídias é regido pelo Contrato de Depósito.
Acervo digital!
Desde 2016, o acervo da Cinemateca Brasileira, que possui mais de 250 mil rolos de filmes, composto por curtas, médias, longas-metragens, cinejornais, obras de ficção e documentários, está disponível em versão digital. Por meio de página na internet é possível conferir telenovelas antigas, filmes e reportagens de produções brasileiras e internacionais. Para conferir o acervo, basta entrar no site do Banco de Conteúdos Culturais (BBC). Em 2016, cerca de 50 mil usuários realizaram 781 319 visualizações no site - sendo mais de oito mil de cunho internacional - que inclui reportagens da TV Tupi, produções dos estúdios Vera Cruz e Atlântida, além de um vasto acervo de entrevistas, filmes mudos e reportagens nacionais e internacionais.
Horários de Funcionamento:
Segunda: 08:00 às 18:00
Terça: 11:00 às 00:00
Quarta: 15:00 às 22:00
Quinta: 08:00 às 18:00
Sexta: 10:00 às 21:00
Sábado: 09:00 às 21:00
Domingo: 09:00 às 21:00
Endereço: Largo Sen. Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino - São Paulo
(11)5906-8000
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Fonte(s): Cinemateca Brasileira / google - Fonte(s) Fotos: VEJA / Wikipédia / Jornal São Paulo Zona Sul / Agência Brasil - EBC / Rede Brasil Atual
Data Última Alteração: 29/09/2022