SIGA-NOS
"Vai Viajar no Estado de SP? Experimente nossas dicas de onde visitar, comer e hospedar em um único lugar!"
Copyright @ 2024 Refúgios no Interior de São Paulo - Todos os direitos reservados
A Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona é a maior e mais longeva companhia de teatro em atividade permanente do Brasil. Fundada em 1958, a Companhia Teatro Oficina, que veio a formar a Associação Teatro Oficina Uzyna, foi criada por Zé Celso Martinez Corrêa e outros estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, como Amir Haddad e Carlos Queiroz Telles.
Desde sua profissionalização, em 1961, tem sua sede no bairro do Bixiga, São Paulo. Dezenas de obras de grande importância na dramaturgia ocidental e do Brasil foram encenadas pelo Teatro Oficina por centenas de artistas que trabalharam na história da companhia. Atualmente, a companhia é dirigida por José Celso Martinez Corrêa.
Há quase 4 décadas, o Teatro Oficina luta contra a especulação imobiliária do Grupo Silvio Santos, que quer construir torres residenciais no terreno contíguo ao teatro, o que comprometeria irreversivelmente o projeto do atual edifício do Teatro Oficina, de autoria dos arquitetos Lina Bo Bardi e Edson Elito, e as práticas teatrais realizadas pela Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona.
Histórico!
A Companhia Teatro Oficina nasce em 1958, no encontro de artistas que cursaram juntos a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo; entre eles José Celso Martinez Corrêa, Renato Borghi, Etty Fraser, Fauzi Arap, Ronaldo Daniel e Amir Haddad, grupo de teatro amador que se apaixona pela primeira peça escrita por Zé Celso, Vento forte para um Papagaio Subir.
Esta é a primeira montagem do Oficina, estreando sua fase amadora, juntamente com A Ponte de Carlos Queiroz Telles. A Companhia monta em seguida A Incubadeira, também de Zé Celso, e resolve então fazer os seus primeiros trabalhos explicitamente políticos montando a Engrenagem e as Moscas, do influente filósofo existencialista Jean Paul Sartre.
1961 é o ano em que a Companhia Teatro Oficina decide pela sua profissionalização: alugam o espaço que desde então é a sede do grupo — um edifício antigo onde funcionava um teatro espírita, o Teatro Novos Comediantes. O primeiro projeto arquitetônico do Teatro Oficina, de autoria de Joaquim Guedes, foi inaugurado com a peça A vida impressa em Dólar (1961), adaptação de Awake and sing de Clifford Odets.
A censura proibiu a peça (e o prédio de funcionar como um teatro) um dia após a sua estréia. Só depois da renúncia de Jânio Quadros, a montagem voltaria a cartaz. Neste teatro houve grandes montagens, como Pequenos Burgueses de Máximo Gorki, que estreou em 1963, de tamanho sucesso chegou a ter mais de 1000 sessões.
Estreiam em 1962, Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams, com direção de Augusto Boal e cenografia de Flávio Império; Todo Anjo É Terrível, do poeta anunciador da Beat Generation, Thomas Wolfe, estrelando Madame Morineau, além de Quatro Num Quarto, de Valentin Kataiev, dirigido por Maurice Vaneau.
Montagens!
O Rei da Vela:
Em 1967m o oficina monta O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, atuada por outro importante elemento desta companhia, o ator Renato Borghi, junto com Itala Nandi e Fernando Peixoto. Segundo Renato Borghi, "A dramaturgia bombástica me fazia sentir atuando dentro da raiz e da alma brasileira; nesta peça, o Oswald de Andrade falava do Brasil de uma forma Movimento antropofágico, devorando o que gente tinha de bom e de péssimo. O Oswald pegou o Brasil por todos os lados, devorou-o e depois o cuspiu no palco. E eu assinei em baixo, com sangue, suor e lágrimas...".
Os Sertões:
O Grupo tem uma trajetória que ultrapassa os limites estéticos, passando por várias formas de interpretação, gestão e arquitetura. Uma das últimas montagens do Oficina foi a adaptação de Os Sertões, de Euclides da Cunha, para o palco, que recriou a Guerra de Canudos (1896-1897) e apresentada como está no livro, em 3 partes: a Terra, o Homem (I e II) e a Luta (I e II). A peça foi apresentada no Festival de Teatro de Recklinghausen, na Alemanha, e na Volksbühne de Berlim. A saga sertaneja iniciada em 2001, em toda a sua extensão tem 25 horas de encenação, em um dos projetos mais ousados das artes cênicas mundiais.
A montagem da obra de Euclides da Cunha faz referência à resistência do grupo contra o projeto de construção de um shopping center, nos arredores do teatro Oficina, pelo Grupo Silvio Santos. Além de, em todas as peças, fazer uma ponte irônica entre a guerra de Canudos e os acontecimentos do momento, como o Papa Bento XVI, a invasão do Iraque, o mensalão e os ataques do PCC.
Sua última montagem, em 2008, foi "Os Bandidos", baseado na obra "Die Räuber" de Schiller e também abordava a resistência do grupo contra o grupo Silvio Santos. Estão entre as principais montagens do Grupo textos de Eurípedes, Shakespeare, Antonin Artaud, Nelson Rodrigues, Jean Genet, entre outros.
* Valores e Horários informados nesta página podem ser alterados sem prévio aviso, recomendamos checar antecipadamente.
Endereço: Rua Jaceguai, 520 - Bixiga - São Paulo
(11)3106-2818