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O Theatro Municipal de São Paulo é um teatro brasileiro localizado na cidade paulistana de São Paulo, projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo no estilo arquitetônico eclético, inspirado na Ópera de Paris e inaugurado em 1911.

É um dos cartões postais da cidade, localizado na Praça Ramos de Azevedo, também considerado um dos mais importantes teatros do país. Construído para atender ao desejo da elite paulista da época, que queria que a cidade estivesse à altura dos grandes centros culturais.

Seu estilo arquitetônico é semelhante ao dos mais importantes teatros do mundo. O edifício faz parte do Patrimônio Histórico do estado desde 1981 quando foi tombado pelo Condephaat. Além de sua importância arquitetônica, o teatro também possui notabilidade histórica, pois foi palco da Semana de Arte Moderna, o marco inicial do Modernismo no Brasil.

É considerado um dos palcos de maior respeito do Brasil e apresenta uma das maiores e melhores produções líricas do país. Importantes artistas já pisaram em seu palco como Enrico Caruso, Beniamino Gigli, Mario Del Monaco, Maria Callas, Renata Tebaldi, Bidu Sayão, Benito Maresca, Niza de Castro Tank, Neyde Thomas, Arturo Toscanini, Camargo Guarnieri, Villa-Lobos, Francisco Mignone, Magdalena Tagliaferro, Guiomar Novaes, Pietro Mascagni, Ana Pawlova, Arthur Rubinstein, Claudio Arrau, Duke Ellington, Ella Fitzgerald, Isadora Duncan, Margot Fonteyn, Vaslav Nijinski, Rudolf Nureyev, Mikhail Baryshnikov, dentre muitos outros.

Desde 2011 o Theatro Municipal passou a ter mais autonomia administrativa e artística da Secretaria Municipal de Cultura, sendo administrado então pela Fundação Theatro Municipal de São Paulo. No ano seguinte passou a contar com um anexo: a Praça das Artes, um conjunto arquitetônico que abriga seus corpos artísticos e funciona como uma extensão de suas atividades, sendo sede também da Sala do Conservatório, da Escola de Dança de São Paulo e da Escola Municipal de Música de São Paulo.

Idealização, construção e inauguração!

O gosto pela música erudita já havia sido formado por influência da Corte, tendo grande impulso durante reinado do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina. Vários teatros foram construídos ao longo da costa brasileira e interior do Brasil. Na cidade de São Paulo, pequenos teatros cumpriam a tarefa da recepção de companhias internacionais que se apresentavam em teatros como o Teatro Provisório Nacional, Teatro Politeama, Teatro Minerva e o Teatro Apolo, assim como o melhor deles, o Theatro São José.

Iniciou-se no ano de 1895 as discussões sobre a construção de um teatro especificamente para ópera com um projeto enviado para a Câmara Municipal que tramitou sem sucesso. Em 1898, após o Theatro São José ser destruído por um incêndio, a Câmara Municipal decretou a Lei nº 336 de 24 de janeiro de 1898, com incentivo para o empreendimento da construção de um ou mais teatros na Capital mediante a isenção de impostos por 50 anos e de outros benefícios fiscais. O Escritório Técnico de Ramos de Azevedo apresenta a proposta de construção. Outra proposta já havia sido apresentada por Cláudio Rossi ao primeiro prefeito Antônio Prado que fez a aproximação entre o escritório de Ramos de Azevedo.

O local escolhido para a construção foi o Morro do Chá, que já abrigava o Teatro São José. Com o projeto de Cláudio Rossi, desenhos de Domiziano Rossi e construção pelo Escritório Técnico de Ramos de Azevedo, as obras foram iniciadas em 26 de junho de 1903 e finalizadas em 1911. O estilo arquitetônico da obra é o eclético, em voga na Europa desde a segunda metade do século XIX. São combinados os estilos Renascentista, Barroco do setecentos e Art Nouveau, sendo o último o estilo da época. O teatro é estruturado em quatro corpos: a fachada, composta pelo vestíbulo, o salão de entrada e a escadaria nobre; o central, no qual encontra-se a sala de espetáculos; o palco; e, por fim, o ambiente onde estão localizados os camarins.

A inauguração estava marcada para o dia 11 de setembro, mas devido ao atraso na chegada dos cenários da companhia Titta Ruffo em São Paulo, pois vinham de turnê pela Argentina, foi adiada para 12 de setembro. Houve uma grande aglomeração no entorno do edifício. Cerca de 20 mil cidadãos vieram admirar a iluminação com energia elétrica vinda do interior e do entorno do Theatro Municipal, algo que era atípico na época.

Além da inauguração, a noite de 12 de Setembro de 1911 foi cenário do primeiro trânsito da cidade de São Paulo. O espetáculo foi iniciado com a abertura da ópera Il Guarany, de Carlos Gomes, devido à pressão da crítica paulistana. Seguiu-se depois a encenação da ópera Hamlet, de Ambroise Thomas, com o barítono Titta Ruffo no papel principal. A companhia apresentou outras óperas durante a primeira temporada.

Infraestrutura!

As obras de restauração finalizadas em 2011 modernizaram o edifício do teatro e o palco foi equipado com modernos mecanismos cênicos. O problema de falta de salas de ensaio, estrutura e espaço físico nos bastidores foi parcialmente resolvido em 2012 com a inauguração da Praça das Artes, complexo cultural que passou a funcionar como um anexo do teatro e palco para diversos eventos culturais.

Na inauguração do primeiro módulo, a Praça das Artes passou a abrigar a Escola Municipal de Música de São Paulo e a Escola de Dança de São Paulo. Além disso, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo ocupou a Sala do Conservatório que está localizada no andar superior do antigo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e a Orquestra Experimental de Repertório passou a utilizar as dependências da escola de música para seus ensaios.

A segunda fase do conjunto arquitetônico, atualmente em obras, contempla a conclusão do edifício dos corpos artísticos. Após a finalização, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, o Coro Lírico Municipal de São Paulo, o Balé da Cidade de São Paulo e o Coral Paulistano Mário de Andrade serão abrigados neste edifício e contarão com melhor infraestrutura para seus ensaios. Nesta fase também serão inauguradas uma praça interna com abertura para a rua Formosa, um jardim e um bar externo. Embora a Praça das Artes não esteja conectada fisicamente ao Theatro Municipal, ela funciona como seu anexo e está localizada no quarteirão atrás do teatro. Há ainda um projeto de ampliação do conjunto arquitetônico, aumentando a área destinada à escola de dança e construção de um auditório e discoteca.

A estrutura física do teatro tem capacidade para atender 1523 pessoas, porém nem todos os seus assentos possuem visão completa para o palco. Em 28 de setembro de 2014 foi publicado pela Folha de S.Paulo o resultado de uma avaliação feita pela equipe do jornal ao visitar os sessenta maiores teatros da cidade de São Paulo. O Theatro Municipal foi premiado com três estrelas, uma nota "regular", com o consenso: "Pontos positivos: compra on-line, serviços e instalações. Entretanto, o número de banheiros não é suficiente, e há lugares com visão muito prejudicada (no site, eles são indicados). Em uma das visitas, muita gente dos balcões laterais teve que assistir à apresentação em pé para conseguir enxergar o que se passava no palco. O espaçamento entre as fileiras e o conforto das poltronas são regulares." No ano seguinte, o teatro recebeu a mesma nota.

Corpos artísticos e escolas de formação!

Para apresentar suas temporadas líricas, além de eventualmente trazer artistas convidados, o teatro conta com os seguintes corpos artísticos:

  • Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
  • Coro Lírico Municipal de São Paulo
  • Balé da Cidade de São Paulo
  • Coral Paulistano Mário de Andrade
  • Orquestra Experimental de Repertório
  • Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo

Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/n - República - São Paulo

(11)3053-2090

https://theatromunicipal.org.br/pt-br/

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Fonte(s): Theatro Municipal / Wikipedia - Fonte(s) Fotos: ArchDaily Brasil/Complexo TMSP/Pinterest/Wikipédia/Folha Metropolitana/O Globo/
Data Última Alteração: 11/11/2021