SIGA-NOS
"Vai Viajar no Estado de SP? Experimente nossas dicas de onde visitar, comer e hospedar em um único lugar!"
Copyright @ 2024 Refúgios no Interior de São Paulo - Todos os direitos reservados
O Museu Florestal Octávio Vecchi possui acervo em madeira rica em detalhes, com réplicas perfeitas das sementes e folhas das árvores, além de peças em charão, xilogravura e exposições itinerantes.
O Museu está localizado no interior do Parque Estadual Alberto Löfgren. Insere-se na estrutura organizacional do Instituto Florestal, instituição pública de pesquisa científica e conservação da natureza vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do estado de São Paulo. O acervo dispõe de um mostruário de sementes de madeiras entalhadas com o fruto e folha da árvore real, além de móveis e objetos confeccionados com árvores nativas. Ao lado do museu está o marco de passagem do Trópico de Capricórnio, linha geográfica imaginária que está localizada abaixo da Linha do Equador e que indica a latitude.
História!
O Governo de São Paulo, no final do século XIX, tem o propósito de criar um Horto Botânico, então em 1896 ele é criado, institucionalmente ligado à Seção de Botânica da Comissão Geográfica e Geológica da Província de São Paulo, criada dez anos antes. A Comissão Geográfica e Geológica foi fundada e dirigida pelo geólogo e geógrafo americano Orville Derby (1851-1915). Contribui com uma visão abrangente da natureza, criando vários setores como geológico, meteorológico, botânico e topográfico na instituição.
A Secção Botânica nasce, sob direção do cientista Albert Löfgren (1864-1918), que iniciou a organização de um herbário. A beira da Serra da Cantareira foram plantadas 696 espécies, das quais 321 eram provenientes dos jardins botânicos de Sydney, Singapura e Calcutá”. O Horto Botânico e Florestal oferecia diversas atrações: um orquidário, a coleção de Rhypsalis – um tipo de cactácea – e cerca de 350 espécies arbóreas do Estado.
Em 1911 se dá a criação do Serviço Florestal do Estado, sob a direção de Edmundo Navarro de Andrade, que convidou Octávio Vecchi para vir ao Brasil a fim de cuidar de alguns hortos florestais que estavam sendo abertos no interior do Estado de São Paulo. O objetivo do Estado com a criação do Serviço Florestal, sob domínio de Edmundo Navarro de Andrade, era pôr fim às críticas que se faziam à devastação das matas no Estado. Criou-se a Guarda Florestal para fiscalização das matas da Serra da Cantareira devido à grande retirada de madeira no local.
Octávio Vecchi, sucessor do coronel Cornélio Schmidt, assume a direção do Serviço Florestal em 1927, dando inicio à construção do Museu Florestal. Destaque para o papel pioneiro, ativo e criativo de Octávio Vecchi, devido sua participação à frente da construção de um museu em anos de agitações políticas, lutas sociais e definições de novos rumos para o Brasil – como a Revolução de 30, período que determinou o fim da Primeira República.
Octávio Vecchi!
Octávio Vecchi era engenheiro agrônomo, antes de se formar em agronomia teve uma formação artística. Filho de Lúcio Júnio Vecchi (1850-1916) e Maria Evelina da Costa Freire Rebelo de Andrade Vecchi (1853-1919), Octávio Félix Rabello de Andrade Vecchi nasceu em Lisboa, Portugal, em 22 de novembro de 1878. Foi o primogênito do casal que teve mais duas filhas Maria Teresa Rebelo de Andrade Vecchi e Maria Evelina Rebelo de Andrade Vecchi.
Estudou no Colégio Infantil e no Instituto Nobre de Carvalho. Em 1903, seguiu para Coimbra para a Escola Nacional de Agricultura e acredita-se que tenha estudado junto com Edmundo Navarro de Andrade nesta época. Anos depois, destacou-se como grande técnico no Laboratório de Análises Químicas e Físicas de Lisboa.
Tempos depois, no Brasil, a expansão cafeeira e a formação da rede ferroviária que avançava pelo oeste paulista eram responsáveis pela derrubada de florestas nativas. Navarro de Andrade estava à frente do reflorestamento dessas áreas desmatadas e em 1911 convida o engenheiro agrônomo para dirigir o recém-criado Serviço Florestal do Estado.
E então, a instituição passa a trabalhar maciçamente com as florestas de rápido crescimento e a desenvolver um serviço de extensão florestal, cujas mudas passaram a ser distribuídas através da rede ferroviária do Estado, a partir da sede e das unidades regionais do Serviço Florestal do Estado, do qual o Instituto Florestal é hoje o herdeiro. Em 28 de dezembro de 1927, foi admitido como Diretor do Serviço Florestal do Estado, logo em seguida dando início à construção do museu. Trouxe para a capital o vasto herbário e a coleção da flora lenhosa do Estado de São Paulo que havia iniciado no Horto Florestal de Loreto.
Inauguração!
Em 1930 o Museu já estava arquitetonicamente pronto e já recebia visitantes, mas inauguração só se deu no dia 30 de setembro de 1931, após dois anos de construção. Estiveram presentes à inauguração o Secretário da Agricultura Adalberto Queiroz Telles e o Interventor Federal do governo paulista, Dr. Laudo Ferreira de Camargo.
Uma singularidade deste projeto é que a sua construção teve intenção museológica. Até a década de 1980 o Museu Florestal era ligado à Secretaria da Agricultura, e em 1986 com a criação da Secretaria do Meio Ambiente, o museu passa a ser ligado à esta. O decreto estadual 64.059, de 1 de janeiro de 2019, dá nova denominação à pasta de governo, que passa a se chamar Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.
Acervo!
Apreciador da natureza, Octávio Vecchi gostava de ter por perto um pouco de cada espécie para que pudesse ser estudada. Tinha sua coleção particular de exemplares da flora lenhosa paulista quando ainda era responsável pelo Horto Florestal de Loreto. Com a disponibilização de sua coleção para o museu, Vecchi possibilitou que o seu conhecimento fosse difundido e compartilhado.
Atualmente, o acervo comporta cerca de três mil peças, número inferior ao do início. Não existem fichas de catalogação que permitam identificar as obras, o que dificulta o controle, não havendo registros de doação ou baixa de patrimônio. O idealizador do Museu Florestal tinha a preocupação de ter além de um acervo científico, um acervo artístico. Dispondo de coleções de madeiras, aquarelas únicas e elementos arquitetônicos e decorativos.
No andar superior se encontra a exposição permanente do acervo do museu, seguindo o projeto original do idealizador. Além da visitação pública, a função desse pavimento, inicialmente, era a utilização dos espaços como áreas de trabalho e biblioteca, mas o grande fluxo de público fez com que o espaço para pesquisa fosse reacomodado em outro setor.
Ao acesso ao saguão principal do pavimento, depara-se com painéis, representando as árvores nacionais espécies de grandes árvores da Serra da Cantareira, que foram desenhados pelo próprio Vecchi e pintados por Antonio Paim. Nesta área o museu se divide, do lado direito fica a “Ala Júlio Prestes”, no qual se encontra o Laboratório de Entomologia, e à esquerda, a “Ala Fernando Costa” para os estudos de botânica. O acervo trabalha os conhecimentos sobre a floresta, as árvores, os processos de aplicabilidade e preservação, sendo composto por coleções de madeira maciça ou trabalhada na sua forma de uso, por exemplo, como móveis, objetos de arte.
Horário de Funcionamento:
Segunda-feira e Terça-Feira: Fechado
Quarta-feira e Sexta-Feira: 09h00 – 12h00, 13h30 – 15h00
Sábado e Domingo: Fechado
* Valores e Horários informados nesta página podem ser alterados sem prévio aviso, recomendamos checar antecipadamente.
Endereço: R. do Horto, 931 - Horto Florestal - São Paulo
(11)2231-8555