Melhores Fazendas em Jaú - Onde Visitar em Jaú - SP
A Fazenda Mandaguahy, em Jaú, cidade conhecida pelo turismo rural no interior de SP, foi aberta a visitação pública em 1997. Desde então oferece vários tipos de visitas que vão de pequenos grupos familiares a excursões!
Entre as opções de visitação estão:
- A) VISITA CULTURAL – Casa, pomar, alambique e senzala – com degustação de produtos feitos na Fazenda –. Duração 1 hora e meia – Grupo mínimo de 5 pessoas.
- B) LANCHE À ANNA JOAQUINA E VISITA CULTURAL – Passeios ao pomar, alambique, senzala, tulha e lanche na sede com as geléias, pães, biscoitos, leite, suco, manteiga, queijos e patês produzidos na fazenda e servidos na bela sala de jantar da Casa Grande– duração 2 horas e meia. - Grupo mínimo de 10 pessoas e máximo de 20 pessoas. Não são permitidos menores de 10 anos.
- C) ALMOÇO À ANNA JOAQUINA E VISITA CULTURAL - Passeios ao pomar, alambique, senzala, tulha e almoço com aperitivos (cachaça, batida, torradas e patês, dois tipos de carne (frango e suína ou bovina), salada, arroz, feijão gordo, farofa, suco) servido na antiga tulha de café – duração de até 3 horas. Grupo mínimo de 05 adultos e máximo de 60 pessoas.
- D) PASSEIOS ESCOLARES – turismo pedagógico.
PROGRAMAS INCLUINDO REFEIÇÕES!
- Programa de até 4 horas de permanência incluindo programa educativo ou recreativo e lanche com produtos caseiros (geléia, pão, queijo ou ricota, bolo e suco natural)
- Programa de até 4 horas de permanência incluindo programas educativos e recreativos e almoço (frango ou carne bovina com batatas, arroz, feijão, farofa, macarrão, salada e sobremesa)
- Programa de até 6 horas de permanência incluindo programas educativos e recreativos e lanche com produtos caseiros (geléia, pão, queijo ou ricota, bolo e suco natural) e almoço (frango ou carne bovina com batatas, arroz, feijão, farofa, macarrão, salada e sobremesa)
- Programa de até 10 horas de permanência incluindo programas educativos e recreativos, dois lanches com produtos caseiros (geléia, pão, queijo ou ricota, bolo e suco natural) e almoço(frango ou carne bovina com batatas, arroz, feijão, farofa, macarrão, salada e sobremesa)
Todos os passeios devem ser agendados antecipadamente pelo telefone.
SUA HISTÓRIA!
A Fazenda Mandaguahy começou sua história em 1858 com a compra de uma gleba de terra denominada Fazenda Pouso Alegre de cerca de 6.000 alqueires (14.520 hectares) pelos irmãos Almeida Prado, Antonia, Leonor, Lourenço, Francisco, Vicente e João, filhos do Capitão-Mór de Itu, João de Almeida Prado, netos do Ouvidor Lourenço de Almeida Prado e Capitão-Mór Vicente Taques Góes de Aranha.
A gleba da Fazenda Sant´Anna do Mandaguahy pertencia a irmã mais velha, Antonia de Almeida Prado casada com Joaquim Pires de Campos. Antonia faleceu em 1862, não deixando descendência deste seu segundo casamento.
A fazenda Mandaguahy com então 499 alqueires ficou para o seu segundo marido Joaquim Pires de Campos, bem como os bens móveis que estavam na fazenda como tachos de cobre, panelas de ferro, canastras, louças de mesa, bules, castiçais, oratório com imagem, catres, bruacas, bancos, cadeiras etc e os 15 escravos.
Já os três filhos do primeiro marido de Antonia de Almeida Prado, Joaquim Ferraz de Almeida ficaram com as outras propriedades na vila de Jaú e Piracicaba. Joaquim Pires de Campos casou-se com Anna Joaquina Ferraz ainda no ano 1862.
Joaquim e Anna tiveram apenas um filho, João leite Ferraz de Campos, pois no final do ano de 1863, Joaquim Pires de Campos faleceu, deixando-a viúva aos quinze anos e metade da fazenda Mandaguahy, 249.5 alqueires ou 598 hectares e a outra metade para seu filho.
No inventário de Joaquim Pires de Campos a fazenda é descrita com pouco detalhe, mas nota-se que já havia toda uma estrutura montada, como bens de raiz são citadas casas, senzalas e mais benfeitorias avaliadas em 1 conto e setecentos mil réis.
Ana Joaquina Ferraz casou-se pela segunda vez com Joaquim do Amaral Campos, não tendo filhos deste matrimônio. Ficou viúva pela segunda vez em novembro de 1866 aos 18 anos. Seu segundo marido lhe deixou alguns móveis, tais como catres, cômodas, canastras, dobradiças, pregos e 11 arrobas (165kg) de açúcar.
Podendo-se inferir que havia provavelmente um pequeno engenho na Mandaguahy, apesar deste não ter sido inventariado. As benfeitorias incluíam casas, senzalas, paiol, gramados (pastos formados), cafezal e roças. Anna Joaquina ,18 anos, um filho, proprietária de terras, casou-se então com o também Viúvo Francisco de Paula Almeida Prado, o "Major Prado", em janeiro de 1867.
Francisco de Paula, 46 anos, 8 filhos, 40 escravos ,era proprietário da Fazenda Riachuelo também originária da gleba inicial chamada Fazenda Pouso Alegre e irmão de Antonia de Almeida Prado.
Major Prado foi o último dos irmãos Almeida Prado a tomar posse de suas terras. Ao abrir sua fazenda em 1865 nomeou-a São José do Riachuelo em homenagem a batalha da Guerra do Paraguai. Francisco de Paula Almeida Prado, foi líder político do partido conservador, major pela guarda nacional durante o Império e benfeitor. Na vila de Jahu foi delegado, juiz municipal, fez doações para a construção igreja matriz, a aquisição do órgão de tubo alemão, de um terreno de um quarteirão para a construção da Santa Casa de Misericórdia de Jahu e era acionista do Banco Melhoramentos de Jaú.
Ana Joaquina e Francisco de Paula foram casados por 37 anos e tiveram 07 filhos. Moraram ora na Fazenda Riachuelo, ora na Fazenda Mandaguahy, bem como, na cidade de Jaú, na rua que hoje leva seu nome. Major Prado faleceu aos 83 anos de idade na cidade de Jaú em 1904. Após o falecimento de seu marido Ana Joaquina mudou-se para São Paulo, vivendo nesta cidade até seu falecimento em 1929.
PROGRAMAS EDUCATIVOS E RECREATIVOS
Sabe-se que educar hoje é uma tarefa complexa que vai além da simples transmissão de conhecimentos. É preciso aliar prática à teoria e exercitar a cidadania. Estes são elementos essenciais na formação e transformação dos jovens, que conscientes de seus papeis quanto cidadãos, possam construir uma nação mais justa.
A Fazenda Mandaguahy tem como objetivo proporcionar atividades que enalteçam esses valores baseados na linha teórica Humanista de Educação Ambiental, cuja premissa é o reconhecimento de que a cultura e meio natural estão intimamente relacionados. Por esta razão também é contemplado neste programa a Educação Patrimonial, que seguindo a linha teórica da historiadora, Maria de Lourdes Parreira Horta, procura proporcionar para os visitantes as quatro etapas de sua metodologia: observação, registro, exploração e apropriação.
BOSQUE MARIA CECÍLIA
Objetivo: Percepção do Meio Natural
Disciplinas desenvolvidas: geografia, ciências, biologia, educação ambiental e educação física.
O Bosque engloba uma área com cerca de 30.000 metros quadrados de preservação permanente, devido à grande quantidade de nascentes.
Os visitantes podem ver a mata secundária ou pioneira com identificação das espécies e o papel desempenhado por elas na dinâmica da vida na mata, bem como aprender como as árvores protegem desde as nascentes e cursos de água à estação de captação de água para distribuição na cidade. Na trilha os visitantes poderão trabalhar no Jardim dos Sentidos a percepção de diferentes texturas do relevo e perfumes. O bosque também é apropriado para atividades de ciências, biologia e geografia. Uma variedade de plantas nacionais e exóticas, tipos de solo variados (argiloso estruturado, arenoso e humoso), água rica em minério de ferro, quartzos coloridos e observação da fauna permitem um aprendizado prático e agradável. Os passeios podem durar até uma hora.
CICLOS ECONÔMICOS
Objetivo: Estudo de história nacional e local.
Disciplinas: história, ciências sociais e educação artística.
A Fazenda Mandaguahy passou pelos ciclos da cana e café e hoje possui pequenas plantações de café e cana em conjunto com a criação de gado.
O primeiro ciclo econômico vivenciado pela Fazenda Mandaguahy foi o açucareiro, era uma expansão natural do quadrilátero do açúcar formado pelos municípios de Itu, Sorocaba, Campinas e Piracicaba, uma vez que os desbravadores e primeiros habitantes da região de Jaú eram originários desta parte do estado.
A Mandaguahy manteve plantações de cana e café concomitantes até que a aproximação da ferrovia nas últimas décadas do século XIX. Após a chegada da ferrovia as plantações de café tomaram todos os espaços disponíveis para plantio. A Fazenda Mandaguahy resgatando a tradição do fabrico de produtos feitos de cana-de-açúcar instalou um pequeno alambique, onde a cachaça é feita de forma artesanal. A visita ao Alambique aborda fatos históricos e uma breve explanação sobre o processo químico sofrido pelo caldo de cana até ser transformado em cachaça.
No período de 1858 a 1904, foi construída a maioria das edificações preservadas na fazenda. Casa Grande em estilo eclético com predominância do neoclássico e mobiliário antigo, senzala, tulha em estilo barroco ou colonial, lavador de café, casa do administrador, casa dos colonos europeus, mini museu dos ciclos econômicos, mini museu da mão-de-obra escrava, mini museu do café, cocheiras, jardim, pomar com árvores centenárias, relógio de sol e terraços feitos de pedra oferecem aos alunos de história, educação artística, ciências sociais um panorama do que foi o ciclo do café no Estado de São Paulo, e como ele propiciou o desenvolvimento da indústria, incentivou a imigração européia, modificou as relações de trabalho e sofisticou a arquitetura no Brasil durante os séculos XIX e início do século XX.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Objetivo: Compreensão dos ciclos de vida e interatividade homem e meio natural.
Disciplinas: Ciências sociais, história, geografia, biologia, arte.
O projeto de educação ambiental visa despertar a consciência do cidadão para modos de vidas mais saudáveis e preservação do meio em que vivemos. O enfoque é dado na adequação e uso racional da água e solo, produção sustentável de alimentos e reciclagem de materiais. O programa inclui passeios pelo jardim com plantas nacionais e exóticas, plantações orgânicas, mata ciliar e se requisitado, uma oficina de brinquedos de jornal e garrafa PET.
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Objetivo: Exploração e apropriação do patrimônio histórico.
Disciplinas: Ciências sociais, história, geografia, biologia, arte.
O projeto de Educação Patrimonial tem como objetivo a observação, registro, exploração e apropriação do patrimônio construído pelo homem e seu entorno no meio natural. A preservação do meio natural está relacionada diretamente com a cultura da população. Compreender o modo de vida de nossos antepassados propicia um melhor entendimento de quem somos. As reflexões são feitas através de atividades lúdicas como exploração arqueológica nas ruínas da antiga colônia de imigrantes e na descoberta de costumes dos moradores da Casa Grande.
CICLO DAS ÁGUAS
Objetivo: Estudar e verificar in loco toda a trajetória da água destinada ao abastecimento urbano.
Disciplinas: ciências e biologia.
O projeto ciclo das águas propõe conscientizar os visitantes da importância do uso racional deste recurso natural, mostrando desde áreas destinadas a preservação permanente, onde olhos d' água brotam do solo, captação e tratamento para uso doméstico. O projeto tem parceria com a empresa águas de Mandaguahy, responsável pela segunda estação de tratamento de água da cidade de Jaú. (o programa dependente da disponibilidade da agenda da águas de Mandaguahy)
PROGRAMAS RECREATIVOS
Objetivos: Prática de atividades físicas para a integração entre os alunos e priorizar o respeito às regras, solidariedade, a cooperação quando os participantes jogam um com os outros e não contra os outros.
NOITE DO PIJAMA
Objetivo: Interação entre os alunos com atividades lúdicas pedagógicas.
O projeto visa criar e promover a convivência entre os estudantes dentro de atividades que estimulam a cooperação e exercício da cidadania. O programa dura cerca de 24 horas e é assistido por monitores especializados. (preço sob consulta)
BRINCANDO E ENCANTANDO NO FIM DE SEMANA
Objetivo: Promover a convivência entre os alunos estimulando a cooperação através de atividades lúdico-pedagógicas.
O programa tem duração de 03 dias (sexta, sábado e domingo) incluindo as refeições (café, almoço, lanche e jantar) e é coordenado por monitores especializados em atividades educativas e brincadeiras que desenvolvam o sentido de cooperação em grupo. (número mínimo de participantes, 10 pessoas, e máximo de 20 pessoas). Preço sob consulta.
CAMINHADAS
O Mandaguahy oferece duas opções de percurso para caminhadas agradáveis e com baixo grau de dificuldade.
Curta: Bosque + Mata Ciliar = 1.500 mts de percurso - Baixa dificuldade.
Média: Pomar + Bosque + Mata Ciliar = 2.000 mts de percurso - Baixa dificuldade.
CAMINHAR E FLUTUAR
O Córrego Mandaguahy, cuja água é utilizada no abastecimento da cidade de Jaú, proporciona banhos e a divertida atividade de caminhar pelo seu leito parcialmente recoberto por lajes de basalto e depois flutuar nas corredeiras.
Descida Curta - 300 mts de percurso - profundidade média de 50 cms - baixa dificuldade.
Endereço: Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, s/n Km 145 - Zona Rural - Jaú
(14)3622-2707
https://www.fazendamandaguahy.com.br/
https://www.facebook.com/fazendamandaguahy/
* Valores e Horários informados nesta página podem ser alterados sem prévio aviso, recomendamos checar antecipadamente.
Fonte(s): Fazenda Mandaguahy / Google / Wikipedia - Fonte(s) Fotos: Solutudo / Fazenda Mandaguahy / Bocaina Informa /
Data Última Alteração: 08/02/2022