Quem, afinal, foi a feiticeira que deu nome à Praia da Feiticeira? Aí depende de pra quem você perguntar. Os mais velhos acreditam em uma lenda com direito a bruxa, piratas, tesouro e magia negra, mas digamos que a história contada por estudiosos é um pouco diferente, mas cheia de mistérios também! Veja o vídeo e descubra os mistérios por traz dessa praia de águas claras e calmas, que tem em seu cenário a antiga Fazenda São Mathias, que faz parte da história colonial de Ilhabela.
Uma das praias mais bonitas de Ilhabela tem muitas histórias sobre a origem do seu nome. A mais comum é :
Na praia da Feiticeira se encontra a Fazenda São Mathias. Dizem os antigos moradores que a proprietária amealhava imensa riqueza, explorando uma taverna que era ponto de encontro de piratas e marinheiros de navios negreiros e mercantes que ali aportavam em busca de provisões e informações. Um dia, envelhecida, alquebrada temendo ser saqueada, com auxílio de seus escravos, enterrou seu tesouro no local conhecido por Tocas e matou todos eles para evitar que revelassem o segredo.
Conhecida como a feiticeira, enlouqueceu e não foi mais vista.
Mas a verdadeira História é também a mais interessante!!!
A portuguesa Maria Perpétua Calafate de Souza era casada com o Sr. Antônio José Lisboa de Souza, um oficial militar aposentado muito influente na região. Por seu envolvimento com o ocultismo ficou conhecida pelos moradores da ilha como “Feiticeira”, nome que foi dado a uma das praias de Ilhabela.
Ainda hoje, quase 200 anos depois de sua morte, ela continua assombrando o imaginário dos habitantes da Ilha de São Sebastião. Maria Perpétua nasceu em Portugal, em 1790. Casou-se muito jovem, com o escrivão Rodrigues Siqueira, que veio a falecer cedo, deixando-a viúva. Com a morte do marido, mudou-se para o Brasil e casou-se novamente, desta vez com o Sr. Antônio, um oficial militar aposentado, com quem teve um filho. Então, ela foi morar na Ilha de São Sebastião, litoral norte do estado de São Paulo.
Durante sua permanência na ilha, começou a se envolver com o ocultismo e passou a trabalhar como cartomante. Seus clientes eram, na maioria das vezes, marinheiros de navios mercantes e negreiros que aportavam na Ilha de São Sebastião para se abastecer, e iam até ela em busca de proteção mágica para prosseguir viagem.