Conheça Jaguariúna - SP
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Foto:circuitodasaguaspaulist.sp.gov.br
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CONHEÇA JAGUARIUNA
Famosa por promover uma das maiores festa de peão do País, Jaguariúna também é conhecida por preservar o seu patrimônio histórico. Jaguariúna é uma das poucas cidades que ainda oferece passeios de Maria Fumaça. O trem vai até Campinas. A viagem, que dura em torno de três horas e meia e é feita apenas nos finais de semana, é uma verdadeira aula de história. Durante o percurso, monitores especializados contam a história do trem, do café e seus barões e dos trabalhadores dos cafezais. A Maria Fumaça, aliás, já foi cenário de novelas de época, como Terra Nostra, Sinhá Moça e Cabocla.
A antiga Estação Mogiana foi restaurada em 1992 e transformada em Centro Cultural. Lá funciona a Biblioteca Municipal, a Rádio Educativa (Estrela FM) e uma lanchonete. No gramado, foi colocada a réplica de uma caravela, construída em comemoração aos 500 anos de descobrimento do Brasil.
Outra construção da época de ouro da ferrovia é a ponte Pedro Abrucêz, inaugurada em 1875 pelo imperador Dom Pedro II e pela princesa Isabel. Também conhecida como Jatobazeiro foi restaurada e hoje dá acesso aos bairros da cidade, localizados à margem esquerda do rio Jaguari.
Também do século XIX, a matriz centenária Santa Maria tem estilo gótico-bizantino. Ela foi construída em 1895 a pedido do Coronel Amâncio Bueno, na época dono de muitas terras na região.
O nome “Jaguariúna”
Jaguariúna é uma palavra que vem do tupi que significa “Rio das onças pretas”. A região era caminho dos bandeirantes e tropeiros. A cidade abrigou colônias de imigrantes portugueses e italianos.
Para recuperar e preservar a história da cidade, a prefeitura criou, em 2008, a Casa da Memória. A instituição reúne em seu acervo documentos que mostram o processo de urbanização, a industrialização, famílias, imigração, movimentos culturais e religiosos.
Localização:
Jaguariúna está a 120 km de São Paulo e a 32 km de Campinas, distância percorrida em média em 1h30.
Municípios Próximos:
- Pedreira: 6 km
- Holambra: 8 km
- Santo Antônio de Posse: 13 km
- Paulínia: 3 km
- Cosmópolis: 6 km
- Amparo: 8 km
- Campinas: 6 km
História
A história de Jaguariúna remonta aos tempos do antigo Caminho dos Goyazes, quando por ali passaram bandeirantes, tropeiros e boiadeiros rumo a Goiás e Mato Grosso em busca de ouro. Desbravando os ermos, semearam pousos, entrepostos de provisões e lugarejos que, pouco a pouco, se transformaram em vilas e cidades. Jaguariúna é uma delas.
Das roças primitivas floresceram os engenhos de açúcar até meados do século XIX. A implantação de engenhos, tocados por mão de obra escrava, ajuda a alavancar o crescimento do lugarejo. A crise internacional do açúcar, em 1860, faz a cana entrar em decadência. Mas Jaguariúna iria conhecer um novo ciclo de desenvolvimento impulsionado pelo cultivo do café, o ouro negro dos fazendeiros, que na primeira metade do século XIX começou a substituir os canaviais pelos cafezais. Surgia assim uma nova elite brasileira, os barões do café, que iria reinar aqui, e em outros cantos do Brasil, até quase meados do século XX.
Das sesmarias a um trem para o futuro
No século XIX, o Coronel Amâncio Bueno, que herdara da família grandes extensões de terras férteis à margem esquerda do Rio Jaguary, doadas em sesmaria pelo rei de Portugal Dom João III aos seus pais, começa a gestar a urbanização desta que viria a ser uma nova e importante cidade paulista.
De olho no futuro, transforma parte das terras em colônias para abrigar imigrantes europeus, principalmente italianos, que para cá vieram no final do século XIX, em substituição aos braços escravos, constrói a Vila Bueno, que daria origem à cidade, e abraça os caminhos do progresso trazido pelos trilhos do trem.
O transporte sobre trilhos significou para muitas cidades a modernização puxada pelas locomotivas a vapor. Sinônimo de progresso no passado, a cidade não servida por estradas de ferro ficava à margem do desenvolvimento. Mas aonde chegavam as paralelas de aço que às ligavam à Capital, o progresso era garantido. Foi o que aconteceu com Jaguariúna onde se fincou estação ferroviária.
Assim, em 1875, a Cia Mogiana de Estradas de Ferro foi instalada na Vila Bueno, com a construção do ramal Campinas Mogi-Mirim, inaugurado pelo imperador D. Pedro II. Em torno da Estação surge um pequeno povoado que seria depois deslocado para um novo local, a Vila Bueno.
CIA. MOGIANA DE ESTRADA DE FERRO
Organizada em 1872, a Companhia Mogyana de Estradas de Ferro e Navegação (assim era o nome primitivo) fazia correr o seu primeiro comboio no dia 3 de maio de 1.875, puxado pela locomotiva “Jaguary”, levando cinco carros lotados de ilustres passageiros, inaugurando assim o seu trecho inicial, de Campinas a Jaguary, hoje Jaguariúna.
A 27 de agosto daquele ano era inaugurado o segundo trecho, de Jaguary a Mogy-Mirim, com trem especial, no qual ia o Imperador D. Pedro II, acompanhado do Presidente da Província de S. Paulo e outros ilustres.
Este trem regressou no dia seguinte a Campinas, atingindo a velocidade de 41 km por hora – grande velocidade para aquela longínqua época. (Fausto Pires de Oliveira, Elementos para a História de São Simão, edição do autor, 1975).
Jaguariúna: do papel ao cimento
Em 1894, o visionário Coronel Amâncio Bueno encomenda a primeira planta da cidade e manda erigir sua devoção em uma capela dedicada a Santa Maria, padroeira da cidade, em estilo gótico-bizantino, ambas de autoria do engenheiro Guilherme Giesbrecht. Um povoado cresce em torno da capela. O desejo do Cel. Amâncio, mais do que tijolos e cimento, edificou a nova cidade de Jaguariúna. Porque ela não existiria tal como se consolidou nos dias de hoje, não fosse o traçado urbano ainda que singelo encomendado por ele ao engenheiro alemão, que viera para o Brasil trabalhar na implantação de ferrovias, entre elas, a Companhia Mogyana de Estradas de Ferro. (Veja mais em ARQUITETURA).
Em 1894, a Vila Bueno ganha status de bairro do município de Mogi-Mirim. Batizada de Distrito de Paz de Jaguary deve sua origem às fazendas Jaguari (hoje Santa Úrsula), Florianópolis, atual Serrinha, e Fazenda da Barra. Em 30 de dezembro de 1953, Jaguariúna é elevada à categoria de cidade.
JAGUARIÚNA DO PRESENTE E DO FUTURO
Hoje, além de ser conhecida nos quatro cantos do país como a “Capital do Cavalo”, por realizar há duas décadas a tradicional festa dos peões, e de inscrever seu nome no mapa do circuito nacional de rodeios, Jaguariúna também integra o Consórcio Intermunicipal do Polo Turístico do Circuito das Águas Paulistas, composto pelos municípios de Pedreira, Amparo, Serra Negra, Monte Alegre do Sul, Lindóia, Águas de Lindóia e Socorro, e o Circuito da Ciência e Tecnologia, formado por Campinas, Limeira, Santa Bárbara D’Oeste, Americana, Monte Mor, Nova Odessa, Sumaré, Piracicaba, Paulínia, Hortolândia e Indaiatuba.
Devido à sua localização estratégica, com fácil acesso para três estados brasileiros e ao aeroporto de Viracopos, a partir dos anos 80 o município passou a atrair indústrias de tecnologia de ponta, tornando-se um dos maiores produtores de aparelhos celulares do país, de computadores e equipamentos de telecomunicações, com expressiva participação nos segmentos de bebidas, gêneros alimentícios e farmacêuticos.
Não bastassem seus tesouros históricos e culturais, Jaguariúna conta ainda com várias praças, parques, grandes áreas verdes, fazendas e sítios centenários, entre outros atrativos naturais, para quem sabe o valor de repousar no colo da mãe natureza.
Parques
Jaguariúna tem também excelentes opções para quem quer curtir a natureza. O Parque Ecológico do Jatobazeiro, que fica ao lado da ponte Pedro Abrucêz, teve a mata ciliar replantada em 80% da área. É um local agradável para curtir um final de tarde esquecer o estresse das cidades. Para quem quer praticar esportes como bocha, malha, caminhada e ciclismo, a dica é o Parque dos Lagos. O local tem ainda dois lagos povocados com peixes, quiosques, playground e até um jardim japonês.
Outro local bastante visitado é o Parque Santa Maria, que até 1999 sediou o Jaguariúna Rodeo Festival. Ali são realizadas festas tradicionais da cidade como Cavalaria Antoniana, Festa Junina das escolas da cidade, Encontro de Motos e Festa do Caminhoneiro, entre outras. O telhado da entrada é uma atração à parte. Sua estrutura foi feita, artesanalmente, com trilhos, remetendo à tradição ferroviária da cidade.
Jaguariúna Rodeo Festival
O Jaguariúna Rodeo Festival foi apontado como o “Melhor Rodeio do País” pela Confederação Nacional de Rodeio (CNAR). O primeiro rodeio foi realizado em 1989 e reuniu cerca de 18 mil pessoas. De lá para cá, o evento atrai cada vez mais turistas para a cidade que conferir para assistir aos campeonatos de rodeios que reúnem os principais nomes da montaria, shows e bailes sertanejos.
Para saber mais sobre os pontos turísticos da cidade acesse a área de “Onde Visitar” em “Refúgios em Jaguariúna”
Fonte: jaguariuna.sp.gov.br/saopaulo.sp.gov.br/cidade-brasil.com.br
Créditos Imagem: circuitodasaguaspaulista.sp.gov.br
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