O Brasil é, sem dúvida, um dos países de cultura mais abrangente e diversificada do planeta. Nosso povo é fruto da intensa miscigenação de culturas, o que fez com que o país se tornasse berço de criações e movimentos culturais de alta pluralidade. O que não faltam são opções, que passeiam pelas diferentes searas gastronômicas e abrangem desde pratos com frutos do mar até pratos com carnes, vegetais, doces e bebidas diversificadas.
Esse grande cardápio é originário das interações de diversos povos com o solo brasileiro. Em terras sul-americanas, imigrantes orientais, europeus, escravos vindos das mais diferentes regiões da África e nativos indígenas trocaram experiências gastronômicas e receitas, dando origem ao costume alimentício brasileiro, que é um dos mais diversificados dentre as sociedades atuais.
A gastronomia brasileira já possuía suas particularidades antes da chegada dos europeus no continente. Porém, foi quando no século XVI, quando chegaram os primeiros europeus, que se iniciou o choque de culturas e de costumes gastronômicos. Os portugueses, acostumados com comidas que deveriam durar uma travessia do Atlântico, apresentaram aos nativos comidas como as carnes secas, o toucinho, a cerveja, e os peixes salgados.
A batata, a farinha de trigo, os tomates e os molhos de tomate vieram durante toda a colonização, mas ficaram ainda mais presentes na virada do século 20, com a chegada dos imigrantes italianos. Em troca dessas novas iguarias, os europeus conheceram os alimentos cultivados pelos indígenas, como a mandioca, o milho, diversos tipos de peixes, verduras, legumes e frutas.
Apesar de ser uma era de muito sofrimento (o Brasil teve escravos durante quase 400 anos), o período escravocrata brasileiro é também um dos mais importantes para a formação daquilo que conhecemos como povo e cultura brasileira. O samba, o candomblé, a umbanda e a capoeira são alguns dos exemplos da enorme influência africana em nossa identidade cultural. Na mesa, essa influência se refletiu na criação de pratos como o bobó e a feijoada. Além disso, houve também o conhecimento do óleo de dendê. Esses pratos são tão consumidos que já podem ser vistos quase como patrimônio cultural do país.
E São Paulo, a metrópole que acolhe todas as etnias, raças, culturas e pessoas, essa pluralidade é ainda mais presente. Segundo o SinHoRes (Sindicato de Hotéis Restaurante, Bares e Similares de SP), hoje existem cerca de 12,5 mil restaurantes em São Paulo, boa parte deles servindo comida típica do país, e outros aderem à culinária estrangeira adaptada ao gosto brasileiro. Está sentindo esse cheirinho? Huuum... chegou a hora de conhecer os 7 melhores restaurantes brasileiros em São Paulo. Delicie-se e confira:
Inaugurado em março de 2012, oferece a mais gostosa comida típica nordestina com ótimos preços em um ambiente agradável e bastante aconchegante. Serve os tradicionais baião de dois, caldo de mocotó e pratos inspirados no paladar nordestino, como o cupim atolado e o escondidinho. Ambiente familiar, comida fresquinha e com um ótimo preço. Vá se deliciar com a culinária nordestina e conhecer um pouco mais dessa cultura.
São Paulo, setembro de 2016. Os aromas da Bahia tomam conta da famosa Praça Benedito Calixto, no bairro de Pinheiros. O restaurante Baiano de Dois abriu as portas em agosto, com uma seleção de pratos tradicionais e contemporâneos para “baiano nenhum botar defeito”.
O cardápio assinado pelo experiente chef José Onório faz os sertões virarem mar, com uma seleção de petiscos e pratos a base de peixes e frutos do mar. O Acarajé é feito na hora, como manda a baiana: feijão fradinho batido, frito no azeite da flor de dendê, acompanhado por vatapá, vinagrete e camarão.
Cada item é servido à parte para que seja montado conforme a vontade do cliente; e as fumegantes Moquecas – mais de 15 tipos, são as especialidades da casa, e reinam absolutas. O menu é feito como coração de baiano, afetivo e cabe todo o mundo, com opções que agradam baianos e paulistanos.
O ambiente é alegre e aconchegante, logo na entrada as namoradeiras na janela dão as boas vindas. O salão é amplo com pé direito alto, as paredes coloridas com varandas que lembram o Pelourinho contrastam com os móveis de madeira de demolição. A decoração fica por conta das baianas, fitinhas do Senhor do Bonfim e berimbaus, entre outras peças divertidas assinadas por artistas baianos.
São mais de 200 opções no Mangai para você escolher. No buffet quente e de pratos principais são aproximadamente 70 deliciosas receitas, que tem sugestões como carne de sol com nata, baião de dois, carne de sol com queijo, suvaco de cobra, gororoba de charque, camarão na manteiga, salmão e macaxeira frita. No Happy Hour e Jantar há ótimas opções a la carte, como a deliciosa Chapa de camarão e Carne de sol.
Entre seus conceitos centrais está a inclusividade. Uma experiência para todos, num restaurante que acolhe os mais diferentes paladares, níveis sociais e culturais. Uma cozinha que, como define Rodrigo Oliveira, é feita com os olhos no mundo e os pés sempre firmados no sertão. O reconhecimento do trabalho veio de diferentes direções. Ocupa o 43º lugar na lista dos melhores restaurantes da América Latina pela revista britânica Restaurante, recebeu o selo de Bib Gourmand pelo Guia Michelin e o prêmio de Restaurante Bom e Barato pela revista Veja São Paulo.
O Balaio, no Instituto Moreira Salles, nasceu junto com o projeto de sua nova sede, há 8 anos. O moderno edifício, um marco arquitetônico para a cidade, abriga exposições nacionais e internacionais, além de uma biblioteca especializada em fotografia, cineteatro para mostras de cinema e shows de música e salas de aula para cursos e oficinas.
Para um lugar tão especial, o chef Rodrigo Oliveira desenhou um restaurante novo, que é diferente do seu tradicional Mocotó, que há mais de quatro décadas faz comida sertaneja com excelência. Porém há algumas semelhanças com a casa mãe - além dos dadinhos de tapioca - clássico que não poderia faltar - o Balaio também é inclusivo, conceito que Rodrigo Oliveira faz questão de não abrir mão. A casa no IMS Paulista também foca em comida saudável e natural, feita com produtos de excelência e rastreabilidade garantida.
Uma casa aconchegante e de muita brasilidade, com salão amplo que se estende até o jardim, varanda pet friendly arejada, frente e laterais arborizadas proporcionando ao local uma gostosa sensação de espaço e conforto. Arquitetura rústica, decoração impecável e em perfeita harmonia com a proposta gastronômica. Isso é apenas um pouco do que você encontrará no ambiente.
A experiência gastronômica é garantida por uma equipe altamente qualificada, com cozinha equipada para preparos da alta gastronomia, além de organização e eficiência na produção incorporada ao excelente padrão de atendimento. A estrutura oferece ainda espaço reservado para recepções sociais e de negócios, cardápio exclusivo elaborado pelo Chef, além de demonstrações e aulas de culinária para pequenos grupos de amantes de experiências gastronômicas.
Em 2015 o chef Jefferson Rueda alçou um novo vôo e decidiu unir seus mais de 20 anos de carreira com suas paixões: o porco, o açougue e o fogo! Tudo em um só lugar: A Casa do Porco Bar. Para ficar mais próximo da família, no centro de São Paulo, Jefferson decidiu abrir uma casa democrática, onde todos são bem-vindos, oferecendo ao público alta gastronomia a preços acessíveis, tornando a casa um grande sucesso desde o primeiro dia.
A Casa do Porco é um açougue-bar, onde a carne de porco é a protagonista. Representada de diversas formas e texturas, nenhuma parte é desperdiçada, é o animal do focinho ao rabo. O porco faz parte da vida o chef desde sua infância em São José do Rio Pardo, e se tornou objeto de pesquisa e dedicação. Com o acompanhamento de toda a cadeia produtiva, desde o produtor, o abate, o açougue, até chegar à mesa. Através de seus pratos Jefferson vem debatendo mitos e verdades sobre a carne de porco e quebrando preconceitos, desafiando a muitos clientes que entram no restaurante e saem fascinados.
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