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Um dos Cartões Postais de São Paulo com mais presença é a Ponte Estaida na Marginal Pinheiros, entre as pontes do Morumbi (Caio Pompeu de Toledo) e Engenheiro Ari Torres.
O Estado de São Paulo sempre está relacionado ao grau superlativo; é considerado o estado com a maior população, a maior produção econômica, o maior registro de imigrantes. E com toda essa grandiosidade, os lugares para visitar também fazem parte de uma extensa lista, hoje vamos conhecer a grandiosidade desta ponte que fica, praticamente inpossível, o turista não notar ao visitar SP.
A ponte Octávio Frias de Oliveira é um marco na arquitetura nacional, pois foi construída com um formato único no mundo: duas pontes em curva formando um X e sustentadas por estais ligados a um único mastro. Uma ponte estaiada é uma ponte suspensa por conjuntos de cabos de aço (os chamados estais, que dão origem ao nome estaiada), conectados a uma torre ou mastro com a função de dar sustentação às suas pistas. Moderna, é construída em locais onde o uso dos pilares não é aconselhável. É considerada a evolução da tradicional ponte pênsil.
A sustentação das pontes é feita por estais, que são feixes de cabos que variam de 15 a 25 cordoalhas de aço, revestidas por uma bainha de polietileno amarelo, cuja finalidade é proteger os estais da chuva, do vento e dos raios do sol. São 492 toneladas de aço, que se fossem colocadas lado a lado daria para percorrer 378 mil metros, equiparável à distância entre a cidade de São Paulo e a de Ourinhos (370 km). O maior estai tem 195 metros e o menor 78 metros. A distância entre os estais é de 7 metros do lado do rio, e de 6,5 metros do lado do sistema viário. Conforme o arquiteto João Valente, projetista da ponte estaiada, “a cor amarela dos estais foi escolhida por razões estéticas. A idéia foi montar uma espécie de ‘rede de luz’ no meio do céu”.
Duas pontes independentes
Cada torre possui 105m acima do tabuleiro.
Participação de dois novos profissionais:
Eng. Guy Fremont (Jean Muller International)
Arq. Charles Lavigne (Charles Lavigne Architecte)
Na Marginal Pinheiros, entre as pontes do Morumbi (Caio Pompeu de Toledo) e Engenheiro Ari Torres, em uma região que se tornou o mais novo pólo econômico da capital. Situada na zona sul, está nas proximidades das avenidas Luiz Carlos Berrini e Nações Unidas.
O mastro em “X” nasceu da necessidade estrutural e não arquitetônica !
Como o cruzamento entre os tabuleiros ocorre junto ao mastro, as torres inclinadas se interceptam, contraventando-se entre si.
A sobreposição dos tabuleiros nasceu da necessidade geométrica e não arquitetônica!
O Que há de tão especial?
Segundo os especialistas, a Ponte Octavio Frias de Oliveira é a primeira do mundo que une duas pistas curvadas conectadas à mesma torre. É a única ainda com o mastro principal em formato de X.
Isso porque quando a pista (ou tabuleiro) faz curva é necessário um cálculo específico e diferente para cada um dos cabos ou estais.
As outras grandes pontes que seguem o mesmo conceito arquitetônico, em geral, são construídas em linha reta ou conjugadas com outros trechos onde os pilares dão a sustentação.
Já existem pontes estaiadas em curva, porém com apenas uma pista.
Mais um ineditismo de São Paulo.
Fundação
Mastro
Mastro: N<12,0m
Mastro: N=12,0m (1o travamento)
Qualidades seguidamente aplicadas, não somente à Ponte Octavio Frias de Oliveira, por razões óbvias, como também àquela que é a maior cidade das Américas em população – 11,2 milhões, responsável por 15% do PIB brasileiro apesar de contar com apenas com 6% da população, e com uma renda per capita 70% superior à do resto do País. Números imponentes. Como a ponte.
Esse é um orgulho da cidade de São Paulo. Sem belezas naturais típicas, apesar do grande número de parques verdes (54 no total), a cidade de São Paulo chegou ao posto de principal centro econômico e de eventos da América Latina por conta do árduo trabalho de seus moradores, paulistanos ou não, brasileiros ou estrangeiros, que aqui nasceram ou vieram para desenvolver a cidade e criar uma história de amor com a maior metrópole brasileira.
Foram usados na sua construção quase 60 mil metros cúbicos de concreto. Mas o material não é lembrado com tanta intensidade só quando se fala da ponte, mas em várias referências a São Paulo. Para entender o porquê, basta olhar a quantidade de prédios, de todas as épocas, que formam a skyline da capital paulista. Seja para quem olha da janela de um avião, do alto de um prédio, ou apenas de um carro entrando na cidade por muitas de suas estradas ou circulando por uma das avenidas marginais.
Com sua arquitetura arrojada, a Ponte Estaiada é mais uma referência do maior centro vanguardista brasileiro, a cidade de São Paulo, que dita tendências para toda a América Latina, recebe aquele que é o maior evento de moda da região, o SP Fashion Week, e foi palco de movimentos que revolucionaram os costumes, a cultura e as artes brasileiras. Entre eles a Semana de Arte Moderna, os festivais da canção que lançaram os grandes ídolos da MPB, a Jovem Guarda, a Tropicália e muitos outros.
Apoio Extremo
O Que Muda no Trânsito?
A Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira é parte do Complexo Viário Jornalista Roberto Marinho, que conecta a avenida de mesmo nome às Marginais do Rio Pinheiros, vias fundamentais na vida da capital, nas duas direções.
A ponte liga ainda o bairro do Brooklyn ao do Morumbi, e faz da Avenida Jornalista Roberto Marinho uma opção definitiva para quem precisa trafegar pela Avenida dos Bandeirantes, uma das mais movimentadas da cidade.
Oferece também nova rota para quem vai de Interlagos ao Centro, assim como ao Aeroporto de Congonhas. E é uma alternativa importante aos que se deslocam, via zona sul da cidade, às rodovias Anchieta e Imigrantes, em direção ao litoral paulista.
Devido ao componente horizontal de força dos estais, é necessária uma protensão no tabuleiro para minimizar este efeito.
Protensão longitudinal da laje (flexão em planta)
Palestrante:
Contratante: EMURB – Empresa Municipal de Urbanização SP
Projeto Estrutural:
Projeto Viário:
Construtora:
Arquitetura:
Fonte(s): https://metalica.com.br/ponte-estaiada-octavio-frias-de-oliveira-em-sp-2/ - Foto: Marcos Leal
Criadora do Refúgios no Interior, começou a escrever artigos e desenvolver sites em 2005, e nunca mais parou! Cria conteúdo direcionado ao Turismo a mais de 3 anos, e acredite, por aqui a chefe também trabalha! Empreendedora, Escritora do livro "Itupeva - Nossa 'Cascata Pequena', publicado em 2022, viajante e fã de MPB.