Turismo - Edifício Martinelli – O primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo!


Edifício Martinelli – O primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo!
Edifício Martinelli – O primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo!
Edifício Martinelli – O primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo!
Edifício Martinelli – O primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo!

O primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo, o Edifício Martinelli, graças a suas características arquitetônicas e históricas, recebe todos os dias diversos visitantes querendo saber mais sobre o local e o seu ROOFTOP.

Idealizado e projetado pelo italiano Giuseppe Martinelli, marcado por uma transição da era dos arranha-céus da capital na década de 1920 e um marco da arquitetura paulistana. O Edifício Martinelli localizado entre as ruas São Bento, São João e Líbero Badaró, é atualmente um dos principais símbolos arquitetônicos do Brasil. Já foi ponto de encontro da alta sociedade paulistana. Por lá já passaram estabelecimentos como o Cine Rosário e o luxuoso Hotel São Bento, além de barbearias, lojas e até uma igreja.

CURIOSIDADES SOBRE O EDIFÍCIO MARTINELLI:

Foi inaugurado ainda incompleto, com projeto assinado pelo arquiteto húngaro William Fillinger, o Edifício Martinelli foi inaugurado em 1929 com 90% da obra concluída. Isso aconteceu porque neste mesmo ano foi publicado um artigo em que o Edifício A Noite, no Rio de Janeiro, seria citado como o mais alto arranha-céu da America Latina. Para enfatizar o progresso tecnológico de São Paulo, resolveram adiantar a inauguração, mas as obras foram retomadas e seguiram até 1934, quando o Martinelli foi finalizado com 30 andares e 105 metros de altura, ultrapassando o tamanho do A Noite.

Prova de carga! É importante registrar que no passado as provas de carga era “um acontecimento relevante” e todos queriam ser fotografados. Para registrar este aspecto mostra-se a prova de carga para avaliar a capacidade de carga do solo das fundações do Edifício Martinelli

O próprio Giuseppe Martinelli morou no prédio! Inicialmente, o prédio estava projetado para abrigar 14 andares, com a possibilidade de ter até 18. Mas, como chegou a ter 30 andares, todos olhavam a construção com desconfiança e muitos acreditavam que ele iria cair. A construção chegou a ser embargada, mas usando materiais mais leves até que então, o conde Martinelli concluiu o seu sonho. E, para provar que o prédio não iria cair, construiu um palacete para que ele e sua família pudessem morar no topo do edifício. Na verdade, ele tinha esperança de que os afortunados da sociedade paulistana na época se mudassem para lá também.

Medo da população! O medo de que o Edifício Martinelli desabasse durante a construção era tanto que a Prefeitura de São Paulo chegou a paralisar a obra. Giuseppe Martinelli então reuniu uma série de documentos, provando que o projeto era seguro.

Grande equipe! Foram necessários 600 operários para a construção do Edifício Martinelli, além de 90 artesãos (italianos e espanhóis) para o acabamento da fachada.

Materiais importados! A maioria dos materiais usados no Edifício Martinelli foram importados, como o cimento, que veio da Suécia e da Noruega. Entre seus acabamentos luxuosos estavam as portas de madeira de lei e as escadas de mármore italiano.  

Cinema luxuoso! Como a construção do Edifício Martinelli acabou danificando a obra vizinha, Giuseppe comprou o imóvel e o transformou em cinema. O Cine Rosário foi projetado pelo sobrinho do conde, Ítalo Martinelli. O local ficava na parte inferior do arranha-céu. Ele causou arrepios na cena artística paulistana por causa de seu tamanho e luxo.

Abrigou armamentos! Devido à altura do Edifício, o espaço foi usado para abrigar armamentos e baterias antiaéreas para defender São Paulo das forças do Governo da República durante a Revolução de 1932.

Teve boates! Depois que Giuseppe Martinelli mudou-se do Edifício Martinelli, parte do prédio passou a abrigar a casa noturna Night and Day. Nos anos 60 e 70, o agito aumentou com a instalação do Club 220, especializado em bailes de Black Music. Em 1981, após a desapropriação do prédio pela prefeitura, o Edifício Martinelli tornou sede do Museu da Cidade. A placa da solenidade ainda está aqui.

Pertenceu ao Martinelli até 1933! Apesar de ser o idealizador do prédio e dar seu nome a ele, a propriedade ficou nas mãos do conde até 1933. Neste ano, ele já estava endividado por conta da longa duração da obra e da crise econômica de 1929. Assim, ele teve que ceder o edifício para o governo italiano, pois havia pedido um empréstimo para eles para finalizar a obra. Depois disso, o lugar passou a ser chamado de Edifício das Américas e ficou quase abandonado.

Revitalização em 1975! Quase duas décadas depois de que Martinelli perdeu o edifício, ele já estava deteriorado. Na década de 1960, era praticamente um cortiço, onde aconteciam crimes. Só então, em 1975, o atual prefeito Olavo Setúbal desapropriou o lugar e começou um projeto de revitalização, com limpeza da fachada e modernização dos sistemas hidráulicos e elétricos. Em 1979, foi reinaugurado já como sede e repartições do governo.

Sua história!

Em 1889 um imigrante Italiano desembarcava no Porto do Rio de Janeiro – seu objetivo era o mesmo de tantos outros que chegavam a América: Prosperar! Esse imigrante, chamado Giuseppe Martinelli, foi excepcionalmente bem-sucedido e em pouco mais de duas décadas havia construído um respeitável patrimônio.

Desejoso por deixar um legado mais permanente de seu trabalho, além de sua importante empresa de navegação em Santos, o Comendador Martinelli decide erguer na cidade São Paulo o mais alto arranha-céu da América Latina, o Edifício Martinelli.

A obra prometia uma enorme polêmica, pois em São Paulo até então não possuía nenhum edifício de grande estatura, sendo raros os prédios com mais de 5 andares. Planejado para alcançar a barreira dos 100 metros de altura, em uma estrutura não apenas alta como significativamente larga, o Edifício Martinelli marcaria uma transição para a era dos arranha-céus. Passou por momentos difíceis na década de 1960 até 1975, foi quando Olavo Setúbal tornou-se prefeito de São Paulo, o prédio foi recuperado e voltou a ser um orgulho para a cidade.

Em 1924 deu início à construção do prédio projetado para ter 12 andares, num grande terreno na então área mais nobre da capital, entre as ruas São Bento, Líbero Badaró e avenida São João. O autor do projeto era o arquiteto húngaro William Fillinger, da Academia de Belas Artes de Viena. Todo o cimento da construção era importado da Suécia e da Noruega, pela própria casa importadora de Martinelli. Nas obras trabalhavam mais de 600 operários. 90 artesãos, italianos e espanhóis, cuidavam do esmerado acabamento.

Os detalhes da rica fachada foram desenhados pelos irmãos Lacombe, que mais tarde projetariam a entrada do túnel da av. 9 de Julho. Diversos imprevistos prolongaram as obras: as fundações abalaram um prédio vizinho – problema resolvido com a compra do prédio por Martinelli; os cálculos estruturais complexos levaram à importação de uma máquina de calcular Mercedes da Alemanha.

Enquanto isso, Martinelli não parava de acrescentar andares ao edifício, estimulado pela própria população que lhe pedia uma altura cada vez maior – de 12 passou para 14, depois 18 e em 1928 chegou a vinte e quatro. Nessa época o próprio Martinelli já havia assumido o projeto arquitetônico, e, não se satisfazendo em fiscalizar diariamente as obras, também trabalhava como pedreiro – retomando assim a profissão que exercera na juventude na Itália – e demonstrava enorme prazer em ensinar aos operários mais jovens os macetes da profissão.

Quando o prédio atingiu vinte e quatro andares, foi embargado, por não ter licença e desrespeitar as leis municipais – havia um grande debate na época sobre a conveniência ou não de se construir prédios altos na cidade. A questão foi parar nos tribunais e assumiu contornos políticos, sendo aproveitada pela oposição para fustigar Martinelli e a prefeitura municipal. A questão foi resolvida por uma comissão técnica que garantiu que o prédio era seguro e limitando a altura em 25 andares. O objetivo de Martinelli, contudo, era chegar aos 30 andares, e o fez construindo sua nova residência com cinco andares no topo do prédio – tal como Gustave Eiffel fizera no topo de sua torre.

O Martinelli impressionava não só pelas dimensões como pela rica ornamentação e luxuoso acabamento: portas de pinho de Riga, escadas de mármore de Carrara, vidros, espelhos e papéis de parede belgas, louça sanitária inglesa, elevadores suíços – tudo o que havia de melhor na época; paredes das escadas revestidas de marmorize, pintura a óleo nas salas a partir do 20º andar, 40 quilômetros de molduras de gesso em arabescos.

O prédio possui reentrâncias, comuns nos hotéis norte-americanos da época, para ventilação e iluminação, e apresenta as três divisões básicas da arquitetura clássica: embasamento, corpo e coroamento. O embasamento é revestido de granito vermelho; no coroamento, falsa mansarda de ardósia. O corpo é pintado em três tons de rosa e recoberto de massa cor-de-rosa, uma mistura de vidro moído, cristal de rocha, areias muito puras e pó-de-mica, que fazia a fachada cintilar à noite. O revestimento tem três tons de rosa. O Martinelli inspirou Oswald de Andrade a chamar pejorativamente São Paulo de “cidade bolo de noiva”.

Entre os inquilinos do prédio, partidos políticos como o PRP, jornais, clubes (ente eles o Palmeiras e a Portuguesa), sindicatos, restaurantes, confeitarias, boates, um hotel (São Bento), o cine Rosário, a escola de dança do professor Patrizi. O tino comercial do Comendador Martinelli se revelava até nas empenas cegas do prédio, que serviam de outdoor gigante para uma série de produtos, entre eles a “pasta dental Elba”, o “café Bhering” e a aguardente Fernet Branca – importada pelo próprio Martinelli.

Mesmo antes de sua conclusão o prédio já havia se tornado um símbolo e ícone de São Paulo – em 1931 o inventor do rádio, Guglielmo Marconi, visitou a cidade e foi levado até o topo do edifício. Quando o Zeppelin sobrevoou a cidade em 1933, deu uma volta em torno do Martinelli.

Contudo, para o Comendador a construção do prédio acarretou sérios problemas financeiros, e em 1933 foi forçado a vender o edifício para o governo da Itália. Em 1943, com a declaração de guerra do Brasil ao eixo, todos os bens italianos foram confiscados e o Martinelli passou a ser propriedade da União, tendo inclusive sido rebatizado com o nome de Edifício América (e em 1944 foi leiloado, sendo 103 proprietários).

Com o fim da II Guerra, a cidade entrou em uma fase de enorme progresso que se refletiu em um “boom” imobiliário. Em 1944 o Martinelli perdeu o título de prédio mais alto de São Paulo para o vizinho Edifício do Banco do Estado (Antigo Banespa, hoje Farol Santander). Porém o prejuízo foi a construção da massa gigantesca do Banco do Brasil do outro lado da av. São João no início dos anos 50, fazendo sombra ao Martinelli – que se tornou assim vítima da própria verticalização da qual tinha sido pioneiro.

Então, em 1975 o recém-empossado prefeito Olavo Setúbal decidiu salvar o edifício. Desapropriou o prédio – foi necessária a intervenção do exército para retirar os moradores mais renitentes – e deu início à restauração. O responsável pelas obras foi o Engenheiro Walter Merlo, chefiando 640 operários. Os sistemas hidráulico e elétrico foram totalmente substituídos, novos elevadores foram instalados, a fachada foi limpa com jateamento de areia. Um moderno sistema de prevenção a incêndios foi instalado, tornando o Martinelli um dos mais seguros da cidade. Em 1979 foi reinaugurado, sendo ocupado por diversas repartições municipais, como a Emurb, Secretaria de Habitação e a Cohab.

O conteúdo atendeu as suas expectativas? Se você tem alguma crítica ou sugestão pode nos enviar um e-mail que o Refúgios no Interior terá prazer em atendê-lo.

Que tal realizar sua reserva e economizar na sua viagem, através do Refúgios no Interior?

Dessa forma, além de contribuir conosco, você também fica por dentro de tudo relacionado ao turismo no Estado de São Paulo! Afinal esse é o nosso negócio rs... E como reservar sua hospedagem mais barata? É mais fácil do que parece! Você pode realizar sua reserva clicando no link dos nossos parceiros que sugerimos em cada artigo:

  • Reserve sua hospedagem Aqui! Booking

Viu só? Agilidade, praticidade e segurança em um só lugar.

O JEITO FÁCIL E ECONÔMICO DE VIAJAR EM TODO O ESTADO DE SÃO PAULO. SÃO 645 CIDADES PARA VOCÊ ESCOLHER ONDE COMER, VISITAR E HOSPEDAR EM UM ÚNICO LUGAR.

Booking.com
Quem escreve as dicas de viagem:
Escritora Sobre Turismo

Estudante de Psicologia, bilíngue, coordenadora de processos, trabalha escrevendo artigos direcionados ao Turismo a mais de 3 anos! Falante (demais), fã de viajar, amante de bons filmes e viciada em escutar música.