Turismo SP: Conheça o Bairro da Liberdade em SP e Sua História


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Conheça o Bairro da Liberdade em SP e Sua História
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Conheça o Bairro da Liberdade em SP, sua história e o que fazer:

A região, que antes era habitada pela comunidade negra, teve parte de seu passado ocultado. O comércio de rua dos escravos na cidade de São Paulo era um cadinho de aculturação e costumes os mais diversos, a cidade acolhia, nas margens da economia cafeeira, remanescentes do tráfico, que se destinavam às fazendas de café; e após 1850 havia o convívio de crioulos (eram denominados "crioulos" as pessoas de origem africana nascidas no Brasil) de diferentes proveniências, a que veio aos poucos somar-se o tráfico interprovincial, que trazia escravos do Rio e principalmente do Norte do país.

Em São Paulo, comércio local e vida comunitária dos escravos redundavam num processo vivo de sincretismo urbano, em que se misturavam quitandas de bugre e quitandas baianas; os cerimoniais em formação do catimbó, candomblé, umbanda dos escravos do Rio de Janeiro acabaram por fundir-se todos, na macumba paulista, descrita por (Roger) Bastide como "um encontro comovente de todas as magias do mundo". ("Quotidiano e Poder em São Paulo no Século XIX". Maria Odila Leite da Silva Dias. 1984. pp.160)

Na foto, as luminárias da Liberdade, que ao todo somam 427 peças. As primeiras luminárias, conhecidas como suzuranto, foram instaladas em algumas ruas da Liberdade na década de 1970. As peças, que antes eram feitas de vidro, foram substituídas pelas de polietileno e as mais recentes contam com o aço em sua composição. Em 1974, foi concluída a primeira etapa da reforma da Liberdade, transformando-a em um distrito oriental.

Ao final da década de 1960, o bairro deixou de ser uma área exclusiva dos imigrantes japoneses. Sendo assim, a Liberdade foi procurada também, por imigrantes chineses e coreanos. E isso fez com que passasse a ser conhecido como o bairro oriental e não somente como o bairro japonês.

O bairro da Liberdade, em São Paulo, atrai turistas do mundo inteiro. A região é conhecida por abrigar a maior comunidade japonesa do mundo fora do Japão. Além disso, as feiras, restaurantes, parques e construções características da arquitetura asiática também chamam a atenção das pessoas que passam por este bairro que se destaca no centro da capital paulistana. Entretanto, o que pouca gente sabe é que a região antes era habitada pela comunidade negra e que, ao longo das últimas décadas, parte desta memória foi ocultada.

Nos últimos anos, alguns episódios que ocorreram na Liberdade trouxeram à tona o debate sobre o multiculturalismo da região. De acordo com o jornalista e pesquisador Abilio Ferreira, que estuda a região, esta cadeia de acontecimentos começou em 2016, quando o cantor Aloysio Letra escreveu uma música chamada "Rua da Glória", que fala sobre a história da região. No mesmo ano de lançamento da canção, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP) iniciou o processo de tombamento patrimonial do bairro. Segundo a entidade, a decisão é uma forma de preservar a dimensão sociocultural da história e da paisagem local.

Dois anos depois, em 2018, um empresário chinês demoliu um antigo sobrado de sua propriedade, situado em frente a Rua Galvão Bueno. Entretanto, a demolição e o processo de fundação de um novo edifício no terreno colocaram em risco de desabamento a Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, uma das construções mais importantes para a preservação da história do bairro. Além disso, no terreno demolido foram encontradas ossadas de nove pessoas.

O início da Liberdade

Antes mesmo de ganhar o nome Liberdade, quando ainda era conhecida como "Bairro da Pólvora", a região era majoritariamente ocupada por pessoas negras. O que conhecemos hoje por Largo da Liberdade, por exemplo, era antes chamado de largo da Forca, visto que era o local onde escravizados fugitivos eram executados após serem condenados à pena de morte.

Além disso, o Cemitério dos Aflitos, construído entre 1774 e 1775, é outro importante ponto para entender a história da região. Situado entre a Rua dos Estudantes, a Rua Galvão Bueno, a Rua da Glória e a Radial Leste, o local a céu aberto era reservado ao sepultamento de escravizados, indígenas, e de condenados à morte na forca. Com a inauguração do Cemitério da Consolação, em 1858, o espaço parou de ser utilizado. Dessa forma, somente a Capela de Nossa Senhora dos Aflitos ainda está preservada.

Embora as ossadas encontradas no terreno demolido ainda não tenham sido estudadas, acredita-se que são oriundas do cemitério. Isso porque duas possuíam contas de vidro azuis, adereço característico de pessoas adepta de religião de matriz africana.

Outros locais do bairro, como a Paróquia Pessoal Nipo-brasileira São Gonçalo, por exemplo, também reúnem pontos importantes da história da região. O local foi construído pela Irmandade de Nossa Senhora da Conceição e São Gonçalo Garcia, composta por homens negros e pardos, por volta de 1756. Segundo Ferreira, São Gonçalo Garcia era muito cultuado pela população negra. O santo era filho de uma nativa com um português e morreu no Japão durante uma viagem de evangelização.

Com a extinção da irmandade, em 1893, a igreja foi entregue aos jesuítas e passou por uma série de modificações. Foi somente por volta de 1966, com o crescimento da comunidade japonesa na região, que surgiu a Matriz Paroquial Pessoal Nipo-Brasileira de São Gonçalo, destinada aos descendentes de imigrantes japoneses.

Chegada dos japoneses e resistência negra

No início do século XX, o Japão enfrentou um momento de necessidade de emigração. O país estava superpovoado e se sustentava basicamente por meio de técnicas agrícolas da época, o que limitava a produção ao alimento que era consumido pela população. Dessa forma, era impossível formar estoques para períodos de seca ou guerra.

De acordo com o jornalista, neste período, a ocupação japonesa ocorreu na Rua Conde de Sarzedas, no distrito da Sé. Foi somente após a 2º Guerra Mundial, com o aumento da chegada de imigrantes japoneses no país, que estas pessoas passaram a ocupar as regiões das ruas Galvão Bueno e Estudantes, no bairro da Liberdade.

Neste período, houve um forte processo de resistência negra, marcado pela presença das escolas de samba Paulistano da Glória, na Rua da Glória, entre os anos 1940 e 1980, e Lavapés Pirata Negro, a mais antiga escola de samba paulistana em atividade, fundada nos anos 1930. "Outro fator de resistência é o fenômeno da Frente Negra Brasileira, importante organização com sede na Avenida Liberdade, onde hoje é a Casa de Portugal, com ramificações em todo o estado, em outras localidades do Brasil e até no exterior, que em 1936 chegou a se registrar como partido político, logo extinto pelo Estado Novo", explicou Ferreira.

Memorial dos Aflitos

Após a conclusão das escavações que encontraram as ossadas no terreno demolido pelo empresário chinês, outros acontecimentos na região também incentivaram a criação de um espaço para a preservação da memória negra do bairro. No dia 19 de dezembro de 2018, um grupo de ativistas da União dos Amigos da  Capela de Nossa Senhora dos Aflitos e do Movimento Negro lideraram um ato em protesto contra o abandono da Capela.

No ano seguinte, o Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo iniciou um diálogo sobre a preservação do patrimônio histórico do bairro. Na ocasião, a diretora da entidade, Raquel Schenkman, informou que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, pretendia adotar três medidas. Sendo elas:

- Desapropriação do terreno do prédio demolido, onde foram encontradas as ossadas
- Trabalhar pela restauração da Capela dos Aflitos
- Promover no local uma intervenção urbanística para referenciar o Sítio Arqueológico

Assim, em dezembro de 2019, o Diário Oficial da Cidade de São Paulo oficializou a criação do "Memorial dos Aflitos" e a desapropriação das áreas situadas entre as ruas Galvão Bueno e Rua dos Aflitos. De acordo com Ferreira, o memorial servirá para trazer outras narrativas à região e mostrar que, além da importante memória japonesa, outros povos também viveram ali. Com isso, o turismo da região também ganhará novas proporções, o que ajudará a fomentar a economia local. 

O que fazer no Bairro Liberdade em SP:

  • Feirinha do Bairro da Liberdade
  • Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil
  • Templo Busshinji
  • Palacete Conde de Sarzedas
  • Jardim Oriental
  • Igrejas do Bairro da Liberdade

Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados foi construída no século XIX. Endereço: Avenida Liberdade, 238;

Capela dos Aflitos está localizada em uma pequena rua na Liberdade. Endereço: Rua dos Aflitos, 70.

Lojas especializadas em produtos orientais

  • Marukai vende comidas prontas, pães, biscoitos, frutas e mercearias em geral, além de utilidades domésticas, equipamentos e utensílios. Endereço: Rua Galvão Bueno, 34 – Liberdade;
  • Omiyague venda de utensílios domésticos e artigos para presentear. Endereço: R. dos Estudantes, 64 – Liberdade, São Paulo;
  • Tenmanya venda de utensílios de cozinha, porcelana e cerâmica. Endereço: R. dos Estudantes, 19 – Liberdade;
  • Emporio Azuki vende comidas prontas e produtos orientais. Endereço Rua Galvão Bueno, 16 – Liberdade.

A melhor forma de chegar na Liberdade é através da linha azul do Metrô. Os estacionamentos na proximidade normalmente são muito caros.

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Quem escreve as dicas de viagem:
Escritora Sobre Turismo

Criadora do Refúgios no Interior, começou a escrever artigos e desenvolver sites em 2005, e nunca mais parou! Cria conteúdo direcionado ao Turismo a mais de 3 anos, e acredite, por aqui a chefe também trabalha! Empreendedora, Escritora do livro "Itupeva - Nossa 'Cascata Pequena', publicado em 2022,  viajante e fã de MPB.