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A exposição de Felice Varini no Instituto Artium é gratuita e promove uma experiência imersiva entre obra e espaço. Até 27 de fevereiro, aproveite para conhecer o trabalho de Felice Varini, artista suíço radicado em Paris, na sua ocupação artística no Instituto Artium. Você pode visitar o espaço de quarta a sexta, das 12h às 18h e sábados e domingos das 10h às 18h.
Para a mostra, Varini preparou composições bidimensionais que se integram ao espaço arquitetônico. Quatro instalações inéditas: Zig Zag De Quatorze Triangles, Doubles Cercles Concentriques, Sept Arcs De Cercles e Douze Petits Disques Dans Le Grand – ocupam a fachada exterior e três salas expositivas do Instituto.
Segundo o Instituto, a proposta do artista é “situar a sua arte entre a realidade e o espaço ficcional, propondo ao público um convite para escapar da cidade pelas frestas do tempo”.
À medida que o espectador se move, a forma bidimensional se desfaz, estende-se para estourar em dezenas de “pedaços de tinta” que se atomizam no espaço tridimensional e cobrem as paredes, o teto, o corrimão da escada, entre outros espaços. O olhar sobre o ambiente é transformado e o observador então redescobre a arquitetura do lugar.
Obras híbridas que misturam cenografia, pintura e fotografia abrem inúmeras possibilidades para o público observar uma cidade, um bairro, um edifício ou um espaço cultural de outras formas. Esse é o mote do trabalho de Felice Varini, artista suíço radicado em Paris, que expõe sua primeira individual no Brasil ocupando os espaços do Instituto Artium. Com curadoria do francês Franck Marlot, a intervenção artística ocupa o espaço a partir do dia 11 de novembro, com entrada gratuita.
Para a mostra, Varini fez uma visita prévia ao Instituto Artium, palacete centenário que foi originalmente a residência do primeiro cônsul da Suécia e hoje abriga um importante polo cultural da cidade de São Paulo, para desenvolver um minucioso estudo técnico, baseado nas observações arquitetônicas, características físicas do espaço e informações históricas do espaço. A partir desse estudo, criou digitalmente quatro instalações inéditas: Zig Zag De Quatorze Triangles, Doubles Cercles Concentriques, Sept Arcs De Cercles e Douze Petits Disques Dans Le Grand – que ocuparão fisicamente a fachada exterior e três salas expositivas do Instituto. Segundo o próprio artista, sua arte se situa entre a realidade e o espaço ficcional, propondo ao público um convite para escapar da cidade pelas frestas do tempo.
“A exposição no Instituto Artium dá ao visitante a possibilidade de captar o local com uma visão totalmente nova. A obra bidimensional pintada aparece para o observador em um único ponto focal e se espalha nas superfícies do edifício conforme ele se move pelo espaço. É uma oportunidade para todos questionarem a realidade e a ficção do espaço arquitetônico e serem atores da própria experiência. Além de descobrir uma obra única que combina pintura e anamorfose em quatro instalações originais inspiradas na geometria e especialmente produzidas pelo artista e sua equipe”, ressalta Franck Marlot, curador da mostra.
Em suas criações, Varini projeta um plano no espaço que gira em torno de formas geométricas simples, como o círculo, o quadrado, a elipse, o triângulo – às vezes sólido ou vazado -, pintado em cores primárias. Neste ponto focal, a forma parece flutuar como que levitando sobre a arquitetura que a acolhe.
À medida que o espectador se move, a forma bidimensional se desfaz, estende-se para estourar em dezenas de “pedaços de tinta” que se atomizam no espaço tridimensional e cobrem as paredes, o teto, o corrimão da escada, entre outros espaços. O olhar sobre o ambiente é transformado e o observador então redescobre a arquitetura do lugar devido a essa nova informação pictórica.
Para Varini, em suas obras, o ponto de vista é importante, pois a pintura atinge todo seu potencial quando o observador se posiciona em um espaço privilegiado. Ao sair dele, a obra gera infinitos pontos de observação. “Não é, portanto, por meio desse ponto de vista original que vejo o trabalho realizado. Ele ocorre no conjunto de pontos de vista que o observador pode ter sobre ele”, comenta o artista.
A arquitetura e o espaço urbano são as inspirações de Varini, que reconhece São Paulo como uma cidade singular por sua arquitetura heterogênea onde as muitas estratificações históricas, ainda visíveis, pontuam a cidade. Segundo Marlot, a relação específica com o plano e o espaço inspirou também os artistas brasileiros concretistas e neoconcretistas desde o início dos anos 1950. “Atualmente, Felice Varini vai além do formato da tela e oferece uma obra aberta que confronta a escala do edifício”, complementa o curador.
Cada trabalho do artista suíço se mostra único, pois é resultado de todas as experiências que envolvem o local expositivo. “Meu campo de ação é o espaço arquitetônico e tudo o que o constitui. Trabalho in loco cada vez em um espaço diferente e meu trabalho se desenvolve em relação aos espaços que encontro. Geralmente perambulo pelo local observando sua arquitetura, materiais, história e função. A partir desses dados espaciais e em referência à última peça que produzi, designo um ponto de vista específico a partir do qual minha intervenção toma forma. Começo a construir minha pintura a partir de uma situação. A realidade nunca se altera, se apaga ou se modifica, ela me interessa e me seduz em toda a sua complexidade. Eu trabalho aqui e agora”, reforça Varini.
Fonte(s): Fonte/Fotos: dasartes.com.br - saopaulosecreto.com
Criadora do Refúgios no Interior, começou a escrever artigos e desenvolver sites em 2005, e nunca mais parou! Cria conteúdo direcionado ao Turismo a mais de 3 anos, e acredite, por aqui a chefe também trabalha! Empreendedora, Escritora do livro "Itupeva - Nossa 'Cascata Pequena', publicado em 2022, viajante e fã de MPB.