Turismo - Por Que Aproximadamente 65 Prédios de Santos Eram Tortos


Por Que Aproximadamente 65 Prédios de Santos Eram Tortos
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O Refúgios no Interior esteve recentemente em Santos, litoral sul de SP. E acabamos levantando uma curiosidade?

Os prédios tortos de Santos! Por que durante décadas os prédios foram cartões postais da cidade? Entenda um pouquinho mais.

Santos faz parte da Região Metropolitana da Baixada Santista, que envolve outras 8 cidades: São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Cubatão, Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá e Bertioga. 

Hoje a cidade está entre as melhores do Estado de SP para se viver, mas nem sempre tudo foi flores.

A partir da década de 1970, uma peculiaridade chamou a atenção na orla de uma das principais cidades do Brasil, os prédios tortos de Santos. Ao longo dos anos, mais edifícios foram afetados, então a inclinação começou a aumentar. Depois de virar atração turística e causar pânico em moradores, uma força-tarefa entre poder público e acadêmicos, bem como uma linha de crédito federal, foi criada para corrigir a situação.

Santos abriga o maior porto da América Latina e, além de ser uma grande cidade, com mais de 430 mil habitantes, é um dos principais pontos turísticos no Estado de São Paulo. A história da localidade é quase tão antiga quanto a história do Brasil, pois a primeira menção à ilha onde Santos fica localizada aconteceu apenas dois anos depois da chegada dos portugueses ao País.

Dada a sua localização estratégica, já havia portugueses instalados na região em 1530, dividindo o bioma Mata Atlântica com indígenas Guarani Mbya e Tupi-Guarani. Em 1546, o povoado foi elevado à categoria de Vila e, em 1839, tornou-se a cidade de Santos.

A rápida evolução no século 19 ocorreu por causa da importância que o porto ganhou para os negócios brasileiros. Em pouco tempo, o local foi reformado, e um plano de saneamento foi introduzido na cidade. Com a chegada da estrada que ligava São Paulo a Santos, futuramente chamada via Anchieta, a cidade portuária viu a urbanização disparar em 1951.

Foi a partir da década de 1950 que os antigos casarões das elites começaram a dar lugar aos novos empreendimentos imobiliários: os imponentes prédios na orla da cidade. Nesse momento, foi cometido um grave erro conceitual por parte dos engenheiros das empreitadas, fazendo que, mais tarde, muitas fundações de edifícios precisassem ser corrigidas.

Santos tem um terreno bastante argiloso, e os primeiros estudos realizados para a construção de edifícios estimavam que uma camada mais sólida de rochas se encontraria a 10 metros de profundidade.

Mais tarde, descobriu-se que, abaixo da primeira camada de areia, havia outra de argila e mais uma de areia ainda mais fina. Os primeiros fragmentos de rocha estavam a cerca de 50 metros de profundidade.

Dessa maneira, na época, os construtores optaram pelas obras com fundações de blocos de concreto, que custam de 15% a 20% menos do que colocar as vigas que alcançassem o leito rochoso.

Os prédios tortos de Santos - Litoral Sul de SP

Com o crescimento do número de construções, o terreno foi sofrendo estresse e se movimentando, causando o recalque das fundações dos edifícios. Após alguns anos em que os “prédios tortos de Santos” viraram cartão-postal, além de um detalhe pitoresco da cidade, preocupações com a segurança dos moradores e de outros habitantes passaram a ser levantadas.

Somente em 2004, o poder público exigiu uma solução. Uma força-tarefa com acadêmicos da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Santa Cecília (Unisanta) realizaram estudos com o intuito de criar soluções para o problema.

Cerca de 65 prédios, com um total de mais de 16 mil pessoas, tinham inclinações entre 0,5 metro e 1,8 metro. Na maioria, os prédios eram habitados por idosos, e a correção precisaria ser feita sem retirar os moradores de suas casas.

Depois de oito anos de estudos, uma solução foi encontrada. Equipamentos hidráulicos levantavam a estrutura dos prédios lentamente, cerca de 5 milímetros por dia, os vãos eram preenchidos com chapas de aço até que o prumo fosse alcançado. Em seguida, novas vigas foram fixadas em uma profundidade de 55 metros, e estruturas de concreto conectaram a antiga fundação às novas vigas, endireitando os prédios tortos de Santos.

A recuperação de cada prédio custou cerca de R$ 1,5 milhão e, para que os moradores conseguissem bancar as obras, o governo federal criou linhas de créditos específicas. Entre 2012 e 2014, 65 dos prédios com maior risco devido à inclinação foram corrigidos.

Atualmente, a orla não tem mais nenhum prédio gritantemente torto, mas o risco estrutural ainda existe, e a fiscalização é mais severa. Edifícios que se movimentam a ponto de causar risco são notificados para buscar soluções.

Muitas das construções, principalmente as realizadas entre 1950 e 1960, estão sujeitas a movimentação das estruturas. Especialistas afirmam que o problema pode ter sido maior do que a simples ignorância e pode ter envolvido má-fé de construtores ou empreiteiras que optaram por métodos mais baratos e rápidos a fim de aumentar as margens de lucro.

Atualmente como é morar e viver em Santos

Morar em Santos é ter uma qualidade de vida maior do que a da capital de São Paulo, sem perder os serviços e a infraestrutura de uma metrópole.

Para atender a cidade e os seus 7 km de praia, Santos oferece o moderno Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que também interliga o município a outras cidades como São Vicente, por exemplo. Para quem se locomove de bike, a cidade conta com 41,7 km de ciclovias – com a vantagem de ser uma cidade praticamente inteira plana. 

Santos também fica próximo de outros paraísos litorâneos, como o Guarujá, a cerca de apenas 10 minutos de balsa.

Os moradores de Santos que trabalham no Guarujá utilizam a balsa como uma das principais plataformas para chegar à cidade vizinha. A balsa encurta o trajeto, já que pelo estuário são apenas 400m até o Guarujá, enquanto que pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni, o trajeto leva cerca de 57 km. 

A cidade também é cortada por canais, projetados no início do século XX, para resolver a questão do saneamento básico local. Hoje, a demarcação urbana é mais facilmente conhecida pelos moradores pelos canais, e não pelos bairros. São sete os principais canais que cortam a cidade, e cada parte da praia entre os canais recebe o nome do bairro à qual pertence.

Veja a seguir como fica a demarcação:

  • Praia do José Menino: divisa são Vicente ao canal 1;
  • Praia da Pompéia: canal 1 ao 2;
  • Praia do Gonzaga: canal 2 ao 3;
  • Praia do Boqueirão: canal 3 ao 4;
  • Praia do Embaré: canal 4 ao 5;
  • Praia da Aparecida: canal 5 ao 6;
  • Ponta da Praia: canal 6 ao 7.

Santos não possui apenas um dos melhores IDHs do Brasil. De acordo com o Instituto Trata Brasil, a cidade abastece 100% da população com água tratada, ficando na 1a posição no Ranking do Saneamento de 2021. 

Viver em Santos também é ter segurança. Lá é um dos lugares mais seguros do Brasil. Segundo o Atlas da Violência 2019, estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o município possui a 11a menor taxa de homicídios de todo o país. 

Além disso, Santos conta com o maior porto da América Latina, o Porto de Santos, que proporciona uma intensa atividade econômica à cidade e abre espaço para grandes empresas de logística, navegação e exportação. O turismo e os serviços também são outras importantes fontes de receita para a cidade.

Santos também é uma cidade conhecida pela temporada de cruzeiros marítimos  da  companhias MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros que ocorre todo final de ano.

A cidade litorânea também não deixa a desejar no quesito lazer. 

Dentre as principais praias estão a praia do José Menino, no Canal 2, e a praia do Embaré, no Canal 5. Santos também é reconhecida pelo seu ecoturismo, já que a cidade preserva remanescentes da Mata Atlântica. 

Por lá, é possível fazer a trilha do Cabuçu, que percorre parte da Serra do Mar, e conta com uma cachoeira que dá vida a piscinas naturais de água cristalina. 

Santos também possui centros esportivos que fomentam a prática de esportes, como natação, atletismo e futebol. É por lá também que se encontra o Centro de Treinamento do Rei Pelé, que pertence ao Santos Futebol Clube, time de Pelé e Neymar, bem como o estádio do clube, a Vila Belmiro, localizada na Rua Princesa Isabel, no bairro de mesmo nome. 

Além disso, as ondas do mar santista são propícias para o surf, stand up paddle e canoagem. Já as praias, que contam com uma extensa faixa de areia, são um convite para a prática do futevôlei, frescobol e beach vôlei. Moradores e turistas podem se divertir praticando vários esportes no litoral. 

A cidade ainda abriga importantes museus e outras atrações, entre eles:

  • Museu do Café: localizado no Centro Histórico de Santos. O museu traz aos visitantes uma experiência com o café, desde o cultivo do grão à sua consolidação como produto nacional. O Museu também abriga exposições, obras de arte e mobílias do século XIX. Aberto de terça a sábado, das 9 às 18 horas, com ingresso no valor de R$10;
  • Aquário Municipal de Santos: localizado na Ponta da Praia. O aquário possui 32 tanques com cerca de mil animais, pertencentes a 120 espécies. Aberto de quarta a domingo, das 12 às 18 horas. O ingresso custa R$8;
  • Orquidário Municipal de Santos: localizado em José Menino. O orquidário é um parque zoobotânico que reproduz a Mata Atlântica, e conta com mais de 3.500 orquídeas de 120 espécies, a maioria fixadas em árvores. Abre de quarta a domingo, das 9 às 18 horas.
  • Museu do Pelé: é um museu na cidade de Santos, dedicado à carreira do ex-jogador Edison Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé. Foi inaugurado em 15 de junho de 2014, como parte dos eventos paralelos à Copa do Mundo FIFA de 2014.

Não podemos deixar de fora a gastronomia de Santos. Como toda cidade litorânea, os principais ingredientes da culinária local são os frutos-do-mar. 

O que nos leva ao Mercado do Peixe, localizado na Ponta da Praia, que além de ter 20 boxes para a venda de peixes e frutos-do-mar frescos, é umas das atrações turísticas da cidade.

Confira aqui onde hospedar, comer e visitar em Santos? 

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Quem escreve as dicas de viagem:
Escritora Sobre Turismo

Criadora do Refúgios no Interior, começou a escrever artigos e desenvolver sites em 2005, e nunca mais parou! Cria conteúdo direcionado ao Turismo a mais de 3 anos, e acredite, por aqui a chefe também trabalha! Empreendedora, Escritora do livro "Itupeva - Nossa 'Cascata Pequena', publicado em 2022,  viajante e fã de MPB.