O Parque Estadual Vassununga comemora nesta terça-feira (26) 51 anos de história e para celebrar está sendo reaberto depois de três anos fechado, inicialmente por uma invasão de javalis e depois por causa da pandemia de covid-19. E lá está um sobrevivente da natureza, o Patriarca, árvore anterior à chegada dos portugueses por aqui e considerada por estudiosos ligados à USP a mais antiga do Brasil.
Desde 1970, o Parque Estadual da Vassununga se estende por mais de 2 mil hectares do município de Santa Rita do Passa Quatro. Importante por preservar porções significativas de floresta estacional semidecidual e Cerrado, o Parque possui a maior população de jequitibá-rosa do Estado. Nele também se encontra o que provavelmente é o maior e mais velho exemplar dessa espécie, o Patriarca. Além disso, o visitante pode apreciar uma bela paisagem, já que suas áreas e floresta estão em uma região de vale.
Com 42 metros de altura e 4 metros de diâmetro (são necessárias 13 pessoas para "abraçar" a árvore), é o maior jequitibá-rosa de São Paulo, segundo a Fundação Florestal - é um pouco mais baixo que uma árvore da mesma espécie em Camacã, na Bahia. A mais alta conhecida é um angelim vermelho gigante da Amazônia, de 88 metros. Mas a principal diferença é que o Patriarca pode ser visitado em Santa Rita do Passa Quatro, a cerca de 245 km de São Paulo, em uma larga trilha (passa até carro) de cerca de mil metros. Ou seja, enquanto as grandes árvores da Amazônia ficam a 220 km de qualquer concentração humana, com acesso muito complicado, o Patriarca está quase na beira da Rodovia Anhanguera.
Outros jequitibás enormes se foram com o tempo. Dois famosos, em Campinas (o Seo Rosa) e em Carangola (MG), não aguentaram o peso do tempo em seus troncos. Mas o Patriarca está firme e forte e virou uma grande atração turística, até pelo cuidado com ele nos últimos anos e também porque, de tão grande, não existia equipamento décadas atrás para cortá-lo. Então ele foi deixado de lado e sobreviveu. Antigamente as pessoas faziam rituais religiosos por causa da 'energia' da árvore.
Com o tempo, o parque foi ficando cada vez mais organizado e além de trilhas e sinalizações de diversas árvores, é possível chegar bem perto da árvore. E só assim dá para sentir a "escala" em relação ao tamanho da árvore, o equivalente a um prédio de 14 andares. Em uma foto dela inteira, é preciso dar um grande zoom para reparar em uma pessoa perto do tronco.
Sobre a espécie:
Jequitibá é um nome derivado do tupi-guarani, que significa “gigante da floresta”. E não é para menos, pois esta espécie é uma das maiores da flora brasileira e a maior da Mata Atlântica, alcançando de 25 a 35 metros em média, podendo atingir 50 metros de altura. A casca da planta é rica em propriedades medicinais tais como adstringente, anti-inflamatória, desinfetante, descongestionante, emética e laxante. Atualmente, está ameaçado de extinção, em decorrência tanto da exploração madeireira quanto da destruição do seu habitat. Com isso, há estimativas de que esta espécie tenha sofrido um declínio populacional de 50% nos últimos 300 anos. O jequitibá-rosa de 3 000 anos, chamado por alguns de "Patriarca da Floresta", mede 49 metros de altura e tem uma circunferência de dezesseis metros, ou seja, são necessárias dez pessoas de mãos dadas para dar a volta em seu tronco. As jequitibás podem viver por vários anos e até mesmo décadas.
Sobre a cidade:
Estância Climática de Santa Rita do Passa Quatro, a 260 km de São Paulo além de sua beleza natural pode observar as ruínas da primeira hidroelétrica da região. Localização: Rio Claro, afluente do Rio Mogi-Guaçu.
A Barragem tem duas, tipo gravidade, construída em concreto, a queda de água possui uma queda livre de 80 metros de altura. A Cachoeira de São Valentin é muito usada na prática do rapel nos diversos torneios que ocorre na cidade. Mural Cerâmico em homenagem ao Tributo à Zequinha de Abreu está localizado na Praça Central que leva o nome do genial compositor santarritense. A inauguração do mural temático tributo à Zequinha de Abreu enraíza ainda mais o nome do autor de Tico-Tico no Fubá à praça que leva o nome do compositor. Suas cidades vizinhas são: Porto Ferreira, Tambaú e Descalvado.
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